Veja onde comprar kits para aprender a fazer crochê e bordado
Excelentes passatempos, atividades terapêuticas como bordado e crochê ajudam a apaziguar a mente em tempos de pandemia
atualizado
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O surto do novo coronavírus tem impulsionado as pessoas a aprimorar habilidades artísticas e descobrir novos talentos manuais.
O brasiliense Pedro Lira, de 26 anos, é um dos milhares de “quarenteners” que tem aproveitado o ócio criativo do isolamento social para praticar atividades terapêuticas. A eleita por ele foi o bordado.
“Sempre achei o bordado interessante. Na quarentena, decidi comprar materiais pela internet e me dedicar à prática”, revela o jovem.
Além de apaziguar a mente em meio à tempestade, a técnica tem ajudado Pedro a se reconectar com o universo artístico, uma de suas grandes paixões.
“É uma arte bem livre. Dá pra fazer de peças engraças a obras complexas. Você pode enveredar para qualquer lado que desejar”, conta.
“Fora isso, é super fácil e barato. Tenho uma pasta de inspirações no Pinterest que me ajuda e, para aprimorar técnicas, assisto a vídeos no Youtube”, emenda.
Ele tem compartilhado imagens de algumas de suas obras nas redes sociais. As postagens são feitas na esperança de incentivar familiares e amigos a fazerem o mesmo durante a fase de confinamento domiciliar: usar o tempo de sobra de maneira positiva para soltar a imaginação e criar.
Mercado em expansão
Outra atividade manual que está em alta é o tricô. A We Are Knitters, uma vendedora on-line de suprimentos e cursos da arte de tecer, observou que as vendas de seus kits para iniciantes são sucesso em vários países.
Apenas nos Estados Unidos, os lucros da empresa aumentaram 270%, enquanto Espanha, França e Reino Unido também se tornaram mercados rentáveis para o comércio de aviamentos e moldes.
Resultados respaldados pela ciência
As práticas manuais — que englobam também pintura, jardinagem e colagem — aliviam o estresse e atuam contra a depressão. E há pelo menos dois estudos científicos que comprovam isso.
O primeiro, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, feito com 38 mulheres com anorexia, concluiu que tricotar trouxe melhoras significativas na doença. Após começar a praticar a arte, 70% delas afirmaram que ficaram menos ansiosas e seus medos e pensamentos ruins sobre o distúrbio diminuíram.
O segundo, publicado na revista especializada Journal of Neuropsychiatry & Clinical Neurosciences, testou as consequências da prática de atividades manuais com 1.321 pessoas entre 70 e 89 anos de idade. O resultado mostrou que os passatempos diminuíram significadamente as chances de transtornos cognitivos e perda de memória.
Há evidências, ainda, de que as atividades podem ajudar a reduzir a dor.
Galeria de produtos
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