“Vamos, galera, mulheres”: 4 importantes debates femininos do BBB22
Marcada por fortes presenças femininas, a última edição do BBB encerra-se com algumas lições e importantes debates feministas
atualizado
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Apesar de chegar a uma final masculina, a edição de 2022 do Big Brother Brasil foi marcada pela representatividade feminina. Com fortes participantes integrando o grupo pipoca e camarote do reality show, algumas importantes lições foram deixadas pelas sisters aos espectadores e fãs do programa.
“É ela, não ele”
Pela primeira vez depois de 11 anos, o programa voltou a ter uma participante transexual. A cantora e atriz Linn da Quebrada levantou uma série de discursões por conta de sua transexualidade. Na casa, a sister vivenciou alguns embates em relação ao pronome pelo qual queria ser tratada e o assunto gerou debate fora do confinamento.
Além da representatividade da participante, temas como pronome e adjetivos usados também foram debatidos. Ao ser chamada de “traveco” por um participante, Linn falou sobre como o uso desse termo é considerado pejorativo e desconfortável para a comunidade LGBTQIA+.
Com intuito de reverter o preconceito e respeitar as diferenças, o Metrópoles compilou termos que devem ser eliminados do vocabulário, com a intenção de respeitar transexuais e travestis.
Vitiligo
Esta foi a primeira vez que um participante com vitiligo entrou no programa. A modelo Natália Deodato foi considerada símbolo de representatividade e ganhou até uma boneca Barbie fora da casa.
Enquanto confinada, a participante falou sobre a dificuldade que enfrentou na sua carreira devido à sua condição de saúde e sobre o preconceito que sofreu ao longo da vida.
Solidão da mulher negra
Outro assunto que virou debate dentro e fora da casa foi a solidão da mulher negra. Além do preconceito no trabalho, na rua ou em situações simples do dia a dia, a relação afetivo-amorosa de mulheres negras levantou uma série de questões na web.
Muito triste isso que acontece com a Natália, mas o mais triste é que as pessoas vão resumir a mimimi. A solidão da mulher negra é uma realidade e assistir aciona gatilhos terríveis.
— Gleici Damasceno 🐜 (@gleicidamasceno) January 27, 2022
Na casa, a sister Natália chegou a ter algumas conversas sobre o tema e disse que “a mulher preta tem um estereótipo muito marcado, de uma mulher sexual, mas não de uma mulher que é para casar ou namorar”.
O racismo, tão enraizado na sociedade brasileira, torna-se um empecilho em diversos âmbitos da vida do negro: nas relações amorosas, nas amizades, no trabalho e também na escola.
“Mulheres negras servem para entreter, zoar… Mas, para coisas sérias, é com as brancas que eles ficam! Isso não é novidade para nós!”, escreveu uma usuária do Twitter.
Prepotência feminina?
A participante Jade Picon deu o que falar fora da casa! Confinada no programa, a influenciadora digital se mostrou muito ativa no jogo e disposta a fazer de tudo para levar o prêmio para casa. Sua postura, no entanto, não agradou a muito espectadores.
Aqui fora, ela era chamada de “arrogante” e “prepotente” apenas porque agia conforme seus desejos e sua visão de jogo. A questão levantada por algumas pessoas era que Jade tinha atitudes muito parecidas em relação a alguns brothers, mas só ela era adjetivada de forma pejorativa.
A situação culminou em conversas sobre machismo e seletividade feminina. “O empoderamento feminino está ligado a uma consciência coletiva por parte das mulheres e é constituído de ações tomadas por mulheres que não se deixam ser inferiorizadas pelo seu gênero e tomam atitudes que vão contra o machismo imposto pela sociedade. Jade Picon me representa”, escreveu uma usuária do Twitter.
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