Três provas de que o amor pode nos deixar burros, segundo a ciência
Estudos mostram que estar apaixonado prejudica o pensamento lógico em alguns quesitos
atualizado
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“A paixão, do ponto de vista do cérebro, se assemelha a uma espécie de demência temporária”, defende o neurocientista brasileiro Pedro Calabrez. E muitos pesquisadores da área têm descoberto que o amor muitas vezes pode causar burrice, uma vez que altera a química cerebral e atrapalha o pensamento analítico. O próprio filósofo Platão definiu o amor como “uma perigosa doença mental”. Confira três estudos que comprovam a afirmação:
Mais amor, menos controle
À frente do estudo Psicologia Social da Atração e Relacionamentos Românticos, a professora da Universidade Estadual de Connecticut Oriental Madeleine Fugère levantou uma série de apontamentos sobre o assunto e afirma que o excesso de atenção com o amado pode prejudicar outros aspectos da vida intelectual. “O amor apaixonado, em particular, está associado ao controle cognitivo reduzido – a capacidade de se concentrar em uma coisa, ignorando as distrações. Além disso, quando pensamos sobre o amor, temos um desempenho pior em tarefas de pensamento analítico”, escreve.
Foco difuso
Um grupo de pesquisadores da universidade holandesa Leiden também descobriu que pessoas apaixonadas são mais propensas a ter dificuldade de concentração e de realizar tarefas que demandem atenção. “Quando você entra em um relacionamento amoroso, provavelmente vai achar mais difícil se concentrar em outras coisas, porque você gasta grande parte de seus recursos cognitivos pensando no seu amado,” escreveu o professor Henk van Steenbergen, à frente da pesquisa.
Racional ou passional?
Analisando imagens cerebrais, investigadores da Universidade College London descobriram que o córtex frontal do cérebro, responsável por tomada de decisões, desliga quando as pessoas se apaixonam. “Quando você olha para alguém que ama, algumas áreas do cérebro se tornam ativas. Mas uma grande parte é desativada, a parte que desempenha um papel importante no julgamento”, diz Semir Zeki, professor de neuroestética. Ele afirma que isso ocorre devido a uma evolução biológica que busca facilitar a reprodução.