“Temos de aprender a controlar nossa mente”, afirma monge Satyanatha

Pensando em qualidade de vida, a Vivo montou a estrutura Vivo Bem-Estar no Na Praia, aberta a todos os frequentadores que desejarem dar um tempo da balada, desacelerar e focar em aspectos mais pessoais e reflexivos. E, no dia 19 de agosto, o evento contará com a presença do monge Satyanatha. Ele ensinará técnicas de meditação e participará da conversa Como Estar Mais Presente e em Paz no Dia a Dia?

Davi Murbah era um trabalhador como qualquer outro. Cursou engenharia da computação na Unicamp e atuou em uma renomada empresa internacional de consultoria. Aos 24 anos, possuía um bom cargo, um bom carro, mas sentia um vazio em sua vida. “Continuo sendo uma pessoa comum, minha jornada é que foi extraordinária”, explica Satyanatha, que significa “Aquele que busca a verdade”, ou simplesmente Saty, antes de entrar nos detalhes de sua história.

“Eu sentia que possuía algo de menos. Vivia cansado, sem brilho nos olhos. Então, parti em busca de entender as coisas por meio das sutilezas, buscar mais amor, algo verdadeiro”.

Essa procura envolveu a abdicação de bens materiais e uma mudança para a Índia, onde, vivendo em uma cabana sem eletricidade e por meio da meditação, ele pôde refletir sobre sua existência e propósito. “Ali, percebi que quanto menos bens materiais eu tinha, mais rico me sentia”, conta.

Em entrevista ao Metrópoles, Satyanatha contou mais detalhes de seu caminho, falou sobre tecnologia e revelou seus objetivos.

Como começou sua jornada?
Fui em busca de algo diferente porque sentia que tinha algo de menos na minha vida. Me sentia menos feliz, contente, disposto de me encontrar nas tarefas comuns. A vida comum me exasperava, me feria. Queria entender as coisas por meio das sutilezas, buscar o amor, um sentimento verdadeiro. Algo para propiciar harmonia entre as pessoas. Não compensava o cargo e o carro bom.

Por isso, quando vivi em uma cabana e no monastério, não foi um sacrifício, pois percebi que quanto menos bens materiais eu tinha, mais rico me sentia.

Qual conselho você dá para a pessoa que quer viver uma vida mais espiritualizada em meio à correria do dia a dia?
As pessoas precisam encontrar gotinhas de monge dentro de si. Uma das coisas mais importantes que aprendi é que existem os fatos e existe a nossa experiência do fato. Muitas vezes, quando uma coisa acontece, temos uma reação desproporcional. Poderíamos encarar as coisas de outra maneira.

A vida ficaria mais pacífica dessa forma. Lembre-se: nós não somos a nossa mente. Somos o princípio da consciência e deveríamos controlar nossa mente, mas deixamos ela correr sozinha, geralmente.

E como a tecnologia pode ajudar?
Tecnologia amplia tudo depositado nela. Se você tem tendência para distração, usará de uma forma que ficará mais distraído, ansioso. Se você usa para entrar em contato com pessoas amadas, já é mais positivo.

A Vivo resolveu pegar todo o conhecimento de meditação que as pessoas geralmente têm, de subir uma montanha, frequentar um monastério para aprender, e colocar no bolso de cada um. Por esse lado, eu considero um verdadeiro milagre a tecnologia.

Como tem sido a aceitação das pessoas em relação a suas palestras?
Me sinto como um irmão de todas essas pessoas, porque percebo que as experiências delas são muito parecidas com as minhas. Elas também estavam infelizes e, por meio da meditação, passaram a se sentir mais integradas, coerentes, em paz. Entendem que a felicidade acontece de dentro para fora. Como consequência, tenho recebido muita gratidão.

Vivo Bem-Estar
Técnicas de meditação e conversa Como Estar Mais Presente e Em Paz no Dia a Dia, com o Monge Satyanatha. Dia 19 de agosto, às 10h30. Na Praia, SCEN 19. Clique aqui para mais informações