Scooby e Piovani: até onde é saudável participar da vida do ex?
Ao ganhar milhares de seguidores desde a entrada do ex-marido no BBB, especialistas explicam até onde é saudável participar da vida do ex
atualizado
Compartilhar notícia
Desde de que o anúncio da participação de Pedro Scooby no BBB22 foi divulgado, os internautas se viram curiosos quanto ao posicionamento de sua ex-mulher, a atriz Luana Piovani. Envolta em polêmicas e assuntos envolvendo a paternidade do surfista, Piovani se tornou uma das protagonistas da web na última semana, mesmo estando fora da casa.
O público já espera e está ansioso por uma contribuição ativa de Luana enquanto o ex-parceiro está confinado, mas até onde essa “intervenção” é saudável e aceitável? Para a psicóloga Alessandra Araújo, tudo vai depender da relação de amizade que os dois têm.
“Existe a possibilidade dessa participação ser saudável e, de certa forma, até contribuir. Desde que a imagem de nenhuma parte não seja denegrida, o que acontece não maioria das vezes”, esclarece a especialista.
No ponto de vista da especialista, a situação se torna ainda mais delicada quando há filhos envolvidos, caso dos dois artistas. Juntos, eles tiveram três filhos e, portanto, o cuidado deve ser redobrado.
“Às vezes, a pessoa quer vir a público apenas para mostrar o ponto errado do outro (a) ou ficar rebaixando a pessoa. É preciso ser cauteloso. As crianças têm afeto e amor pelo pai e pela mãe e, a partir do momento em que esses comentários começam a ser feitos de forma pejorativa, deixa de ser saudável”, ressalta Alessandra.
Segundo a psicóloga Cláudia Reis, pode ser fundamental para os filhos ver que a mãe está na torcida por Pedro, “até porque o relacionamento entre eles faz toda a diferença no emocional e no crescimento dos filhos. Além de poder ser determinante para os adultos que eles irão se tornar”, explica.
“O desejo de ver o outro bem e torcer por ele em companhia dos filhos constrói uma relação harmônica dentro de casa. Essa construção se transforma em um bom alicerce para as crianças”, avalia.
A vida do outro
Outro ponto levantando por Alessandra é sobre a saúde emocional de ambos, sobretudo de Luana. “Até crises de ansiedade ela pode desenvolver”, alerta. “Porque quanto mais eu sei e quanto mais eu busco, mais eu vou querer saber e mais eu vou querer buscar”, avalia.
A psicóloga ainda explica que essa busca por ser tão ativa na vida de outra pessoa pode anular a própria vida e sua autoimagem e, consequentemente, a vida do outro ganhará mais destaque do que deveria.
“Acho que vale uma autoavaliação e, de certa forma, até uma vigília sobre como eu me posiciono e de que forma a fala do outro me impacta, mesmo quando ela não é direcionada a mim”, indica a psicóloga da Clínica Vitae.