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Psiquiatra diz se há idade ideal para falar sobre luto com as crianças

Especialista elucida se existe momento mais adequado para abordar a delicada temática

atualizado

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adoção criança triste
1 de 1 adoção criança triste - Foto: Istock

Na última sexta-feira (5/11), o país se despediu de Marília Mendonça, que não resistiu a um acidente aéreo no interior de Minas Gerais e partiu de maneira precoce, aos 26 anos. Além de uma legião de fãs e admiradores, a artista deixou o filho, Léo, que fará dois anos em dezembro. No velório da cantora, um dia depois de sua partida, o sertanejo Henrique, da dupla com Juliano, foi fotografado acompanhado da filha Helena, de dois anos, que se emocionou durante a solenidade. Diante desses acontecimentos, muitos se perguntaram se existe uma idade ideal para falar sobre luto com as crianças.

Marília deixa o pequeno Léo, de um ano e 10 meses

Para o psiquiatra Alisson Marques, embora não haja uma resposta única a essa delicada questão, o entendimento em relação ao luto acontece por volta dos 7 anos. “Isso tem relação com o estágio de desenvolvimento cognitivo que, nesta fase, segundo Jean Piaget, será o estágio operacional concreto”, defende.

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Ela foi vítima de um acidente aéreo
A criança é fruto do relacionamento com o também compositor Murilo Huff
Léo e Marília
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Marilia Mendonça e o pequeno Léo

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Ela foi vítima de um acidente aéreo

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A criança é fruto do relacionamento com o também compositor Murilo Huff

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Léo e Marília

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De acordo com o especialista, a criança precisa entender alguns conceitos antes de lidar com a perda de um ente querido. “Primeiro, o conceito de irreversibilidade, de que algo é irreversível. Segundo, o conceito da não racionalidade, que diz que as funções vitais vão cessar durante a morte. Terceiro, conceito da universalidade, que é compreender que todas as coisas vivas morrem”, complementa.

Segundo Marques, isso não significa, necessariamente, que só se deva falar a respeito da morte quando o pequeno tiver essa idade, mas que, nela, o conceito se torna algo mais real e compreensível.

“A criança percebe de alguma maneira mais sensitiva que as coisas não estão bem e mudaram, que alguém está ausente, e isso pode gerar algum grau de sofrimento”, emenda.

Essa ideia de que algo não vai bem afeta diretamente o comportamento e, embora ela não consiga se expressar ou falar sobre, pode ser manifestada de outras formas, como mudanças bruscas no comportamento ou, ainda, ficar mais chorosa e irritada. Por isso, é crucial manter-se atento e acolher as necessidades emocionais dela, sem pré-julgamentos.

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