Psicóloga explica o que é aquafobia, trauma de infância de Xand Avião
No Encontro dessa segunda-feira (22/8), o cantor Xand Avião revelou ter o trauma desde a infância
atualizado
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No Encontro dessa segunda-feira (22/8), o cantor Xand Avião revelou que, ao assistir o resgate de um menino de 8 anos que caiu em um buraco em Minas Gerais, lembrou do medo que sofre de água, ou aquafobia, quando a pessoa tem um temor indevido ou irracional pela água ou de afogamento.
De acordo com a psicóloga clínica Bruna Capozzi, pessoas que sofrem com aquafobia apresentam os seguintes sintomas: “Evitam estar perto da água; sentem ansiedade ou ataques de pânico apenas por pensar em água; começam a hiperventilar, percebem aumento de pressão arterial e da frequência cardíaca quando estão próximo ao estímulo fóbico; suam, tremem, choram e podem até desmaiar”.
Muitas pessoas que apresentam o mesmo transtorno não conseguem entrar em praias ou piscinas, pois acreditam que alguma coisa de ruim pode acontecer.
A especialista do Instituto Meraki explica que essa fobia pode surgir a partir de um incidente com água, como estar atrelada a um quase afogamento; ou ter sido empurrado em uma piscina, lago ou cachoeira. No entanto, a psicóloga alerta: “É possível que essa fobia surja após [a pessoa] ter testemunhado um evento traumático, como o afogamento ou morte de um ente querido na água”.
Para contornar a aquafobia, é preciso fazer um tratamento por meio de psicoterapia. O paciente será exposto ao estímulo fóbico na intenção de reduzir o grau de ansiedade que ele gera na pessoa. A psicóloga pontua que, em casos extremos, é indicado o uso de medicamentos. “Existe uma técnica chamada dessensibilização sistemática, que consiste em expor o indivíduo ao objeto de sua fobia [água] aos poucos, até que sintam menos medo e ansiedade”, informa.
Com a dessensibilização sistemática, o paciente começa o tratamento visualizando fotos ou desenhos de água, e com o passar do tempo, vai se apresentando o estímulo até que chegue a um estágio em que é possível ir até uma piscina e em seguida entrar nela.
A aquafobia não é um trauma que se pode ser “evitado”, porém, é possível buscar formas de lidar melhor com ele. De acordo com a especialista, é importante ter cuidado com acidentes, principalmente envolvendo crianças, para que, futuramente, não passem ou vejam uma situação que gera esse tipo de gatilho mental.