A maneira como o mundo enxerga as pessoas pobres é a grande preocupação do órgão sem fins lucrativos Acumen. Para tentar conscientizar a população, a ONG criou a campanha #SeePeople: a cada dia, uma nova foto é postada nas redes sociais do projeto, acompanhada da história de vida do personagem no retrato.
A campanha foca em quem vive com menos de U$ 5, cerca de R$ 16, por dia. O #SeePeople escolheu pessoas que se destacaram por usar novas tecnologias, serviços inovadores e campanhas sociais para melhorar a vida de suas famílias.
A organização se juntou ao renomado fotógrafo Martin Schoeller — o alemão é especialista em retratos intimistas — para dar destaque aos personagens. Schoeller já clicou personalidades como Barack Obama, Donald Trump e Angelina Jolie. O projeto começou a ser publicado em outubro pelas redes sociais da Acumen, além de ter sido mostrado na icônica Times Square, em Nova York. O #SeePeople deve ainda ser exposto em algumas galerias da cidade americana.
Para Jacqueline Novogratz, fundadora e CEO da Acumen, a maneira como o mundo percebe a pobreza é responsabilidade de todos. “Existem mais de três bilhões de pessoas vivendo em pobreza absoluta. São invisíveis, homens e mulheres com poder de gerar mudança”, afirmou.
Confira algumas histórias das pessoas fotografadas para o #SeePeople:
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"É estressante viver no escuro. Quando você mora na escuridão, você procura por qualquer objeto que produza luz. Tentar resolver um problema com desespero é perigoso. Existe esperança na luz".
Antes de usar a energia solar, Peter Mbithi dependia da parafina para ter luz. Em Machakos, Quênia, a cidade para depois do pôr do sol
Reprodução/#SeePeople
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"Quando era criança, sabia que um dia teria meu próprio negócio, sempre sonhei com isso. Eu me sinto bem ultimamente, me sinto orgulhosa de mim mesma. Agora, tenho um novo sonho: ter minha casa", afirma Afshen. Após passar por um treinamento vocacional para trabalhadores informais na Índia, ela conseguiu, em parceria com a irmã, gerenciar um salão de beleza
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Relato de Praveen Kumar, Índia: "Meu pai tinha um negócio de madeira, mas sofreu muitas perdas. Estava no ensino médio quando tive que procurar um emprego para ajudar minha família. Parei de ir à escola há um ano e vim à Bangalore para trabalhar. Tive a sorte de participar de um projeto social e estou aprendendo muito. Com o certificado desse curso espero achar um emprego"
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"Nosso maior desafio, como fazendeiros, era não conseguir prever o futuro. Não sabemos sempre a melhor hora de plantar ou quando vai chover, então plantamos apenas na esperança da chuva cair. Mas, às vezes, a chuva não acontece e nós não temos colheita. Não era o suficiente para nos sustentar". A vida de Esther Matumba mudou quando ela usou a plataforma Esoko para ajudar no plantio. A empresa de comunicação dá conselhos, a previsão do tempo e preços de mercado a agricultores na África por SMS.
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Relato de K. Budda Sai, Índia: "Quando engravidei, soube que não queria ter meu bebê no hospital do governo e procurei por um tratamento melhor. Antes do meu parto, tive muitas dores. Minha mãe e irmãs me confortaram e as enfermeiras cuidaram bem de mim. Acabei fazendo uma cesariana, apesar de estar nervosa por ouvir várias vezes sobre a dor. Fui confortada pelas enfermeiras e médicos. Após 10 anos de casamento, essa é nossa primeira filha, então ela é muito preciosa para nós". A indiana deu à luz em uma filial do hospital "LifeSpring", reconhecido por respeitar a dignidade de mães e gestantes na Índia