Por que os seres humanos se abraçam?
Nesta terça, 22 de maio, é comemorado o Dia Nacional do Abraço. Descubra o que há por trás desse gesto de carinho
atualizado
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A ciência já provou que o abraço pode ser um dos remédios mais eficientes para alguns males da vida. Segundo pesquisas feitas em universidades americanas, o ato protege contra o estresse, diminui o risco de infecções e abaixa a pressão arterial. Mas você já se perguntou por que os seres humanos se expressam assim?
De acordo com o coach Evaldo Bazeggio, “o abraço é uma expressão do amor”. Uma das explicações para este tipo de afago é de que ele significa uma forma de equilibrar os sentimentos bons e ruins. “As pessoas se abraçam porque querem sentir uma sensação de conforto, alívio e carinho para compensar emoções não muito boas”, afirma o especialista.Mas esse não é o único fator atuante na escolha de abraçar alguém. A cultura e o emocional de cada um pode motivar (ou desmotivar) o gesto. O psicólogo Pedro Paulo Vieira explica: algumas pessoas podem ter transtornos psicológicos que servem como uma barreira a esse tipo de carinho. “As pessoas com fobia social carregam grande dificuldade em exercer a ação, principalmente com quem não conhecem ou não têm intimidade”, afirma.
Outra explicação para as pessoas que não gostam de abraçar é a falta de hábito em praticar o afeto. “Em uma cultura familiar, na qual o comportamento natural das pessoas é não se abraçar, não dar carinho e não dar afeto, o resultado é o mesmo”, afirma.
Efeitos terapêuticos
A terapia do abraço é mais uma prova de que esse gesto de carinho pode mesmo exercer forte influência nas pessoas. Uma equipe de pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, na Pensilvânia (Estados Unidos), já comprovou: o ato de abraçar alguém tem efeitos terapêuticos nos seres humanos, como diminuir o estresse, além de proteger contra infecções relacionadas a esse mal.
Conexão x afeto
Em terra de indivíduos super antenados, quem tem a possibilidade de dar ou receber um abraço é rei. Evaldo Bazeggio alerta que, em um mundo cada vez mais virtual, a tendência é a solidão aparecer com mais frequência na vida dos seres humanos. “Observo as pessoas muito carentes, principalmente os jovens. As redes sociais representam uma conexão, mas não uma relação de afeto. Se por um lado, estamos mais conectados, por outro, não estamos suprindo a necessidade afetiva”, completa Evaldo.
E você? Já abraçou alguém hoje?