metropoles.com

Pole dance foi reconhecido como esporte e pode aparecer nas Olimpíadas

Para a professora da prática Damiana Rodrigues, a atividade exige concentração e aptidão física

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Felipe Menezes/Metrópoles
Brasília (DF), 27/10/2017 Pole danceLocal: Divas Pole Studio – SCLN 309 bloco d subsolo loja 26Foto: Felipe Menezes/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 27/10/2017 Pole danceLocal: Divas Pole Studio – SCLN 309 bloco d subsolo loja 26Foto: Felipe Menezes/Metrópoles - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O pole dance é mais do que mulheres jovens caminhando lenta e sedutoramente ao redor de um poste. A modalidade mistura dança, esporte, forma de expressão, autoestima e contato com o próprio corpo. Apesar do preconceito, a atividade tornou-se, em outubro, modalidade esportiva.

O reconhecimento oficial foi promovido pela Gaisf (Global Association of International Sports Federation). Para o órgão, o pole combina dança e acrobacias em uma atividade que requer muita dedicação mental e física, além de força e extrema flexibilidade.

O que classifica o pole como esporte é a existência de normas e regulamento de arbitragem específicos para a modalidade”, explica Damiana Rodrigues, professora da atividade e fundadora do Divas Pole Studio.  

Mesmo com o aparente avanço, isso não transforma a prática, automaticamente, em um esporte olímpico. Ainda há outras organizações internacionais que precisam reconhecer a atividade. No Brasil, por exemplo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento recente, negou o status de esporte ao pole dance. Segundo a corte, para ministrar aulas da atividade, classificada apenas como dança, não é necessário um profissional de Educação Física.

Felipe Menezes/Metrópoles

Damiana conheceu o pole dance em 2007 através de um filme. Ela pesquisou onde fazer aulas e não achou nenhum instrutor em Brasília. A dançarina de salão participou de um workshop sobre a modalidade, se inscreveu e se apaixonou. “Comprei uma barra e comecei a praticar sozinha. Consegui todas as certificações para ser professora de pole, montei o estúdio em 2010 e comecei a dar aula”, relembra.

A barra é seu parceiro para dançar, independentemente de ser balé clássico, jazz, contemporâneo ou tango. A ideia é usar os movimentos em função da história que você deseja contar

Damiana Rodrigues

Para a treinadora, que já atuou como árbitra em competições, a ânsia de reconhecer o pole como esporte parte de distinguir a modalidade de sua origem. “A atividade veio de casas de striptease. As dançarinas logo perceberam os benefícios físicos da atividade e outras mulheres quiseram aprender. Várias pessoas começaram a explorar a barra e desenvolveram movimentos novos. Essas raízes geram preconceito até hoje”, avalia.

6 imagens
Damiana Rodrigues fundou o estúdio em 2010
O pole como dança ou esporte exige dedicação, técnica, habilidade e condicionamento físico
"A ideia é usar os movimentos em função da história que você quer contar, é uma dança acrobática", explica Damiana
Damiana: as mulheres que praticam pole se sentem mais empoderadas
Outro benefício visível para a fundadora da Divas é o aumento de autoestima
1 de 6

A dançarina profissional Olivia Orthof é professora de pole no Diva Studios

Felipe Menezes/Metrópoles
2 de 6

Damiana Rodrigues fundou o estúdio em 2010

Felipe Menezes/Metrópoles
3 de 6

O pole como dança ou esporte exige dedicação, técnica, habilidade e condicionamento físico

Felipe Menezes/Metrópoles
4 de 6

"A ideia é usar os movimentos em função da história que você quer contar, é uma dança acrobática", explica Damiana

Felipe Menezes/Metrópoles
5 de 6

Damiana: as mulheres que praticam pole se sentem mais empoderadas

Felipe Menezes/Metrópoles
6 de 6

Outro benefício visível para a fundadora da Divas é o aumento de autoestima

Felipe Menezes/Metrópoles

 

Na lista de alunas, há advogadas, contadoras e diplomatas. Damiana revela ter sido vítima de “piadas” por conta de seu trabalho, mas sempre rebate os comentários afirmando que o pole é sua carreira e algo sério: “Exige muita dedicação, técnica, habilidade e condicionamento físico”.

Independentemente de ser praticado como dança ou esporte, o pole oferece benefícios: força nos braços, definição muscular do abdômen e da coxa. Como toda atividade física, a prática colabora com a saúde mental. “As mulheres se sentem muito empoderadas e bonitas, a autoestima sobe demais”, comenta.

Saiba mais sobre o pole:

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comVida & Estilo

Você quer ficar por dentro das notícias de vida & estilo e receber notificações em tempo real?