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Monja Coen dá 20 conselhos valiosos para sobreviver ao “fim do mundo”

A zen budista conversou com o Metrópoles e apontou caminhos possíveis para quem deseja alcançar a cura plena – física, social e espiritual

atualizado

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Divulgação / André Spinola e Castro
Monja Coen
1 de 1 Monja Coen - Foto: Divulgação / André Spinola e Castro

Coronavírus. Pessoas partindo, muitas, o tempo todo. Quase meio milhão de mortes, apenas no Brasil. Desgoverno. Famílias em luto. Dor, raiva, tristeza e desânimo sem fim. Ciência subestimada e universidades sucateadas. Remédios ineficazes demais e vacinas de menos. Intolerância. Desastres naturais. Desemprego. Racismo. Violência. Ignorância. Caos imperando.

São tempos difíceis. Mas, Monja Coen é incansável, e segue formulando maneiras de a gente sobreviver a toda essa tempestade. Em abril, a autora bestseller lançou seu mais novo livro – o sétimo publicado durante a pandemia –, Tempo de Cura. Refletindo sobre diversas questões complexas da atualidade, incluindo a crise sanitária da Covid-19, a monja oferece ensinamentos e ferramentas práticas do zen budismo para que cada pessoa consiga alcançar a cura e a transformação interiores.

“Agora, é chegado o tempo de cuidar, de rever nosso estar no mundo e de curar, tanto os males físicos, como os psíquicos, sociais e emocionais”, garante.

A monja conversou com o Metrópoles sobre o novo livro e como está vivendo os desafios da pandemia. Tome nota, pois a zen budista de sorriso largo ainda deu 20 conselhos para sobreviver ao “fim do mundo” e alcançar a plena restauração.

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Teve seu primeiro contato com o zen budismo no Zen Center de Los Angeles, onde fez os votos monásticos em 1983
Residiu por oito anos no Mosteiro Feminino de Nagoya, no Japão, onde graduou-se como monja especial, habilitada a ministrar aulas de budismo para monges e leigos
Em 1995, Monja Coen retornou ao Brasil como missionária da tradição Sôtô Zenshû
Tempo de Cura é o seu mais novo livro
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Monja Coen é a primaz fundadora da Comunidade Zen Budista Zendo do Brasil, criada em 2001

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Teve seu primeiro contato com o zen budismo no Zen Center de Los Angeles, onde fez os votos monásticos em 1983

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Residiu por oito anos no Mosteiro Feminino de Nagoya, no Japão, onde graduou-se como monja especial, habilitada a ministrar aulas de budismo para monges e leigos

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Em 1995, Monja Coen retornou ao Brasil como missionária da tradição Sôtô Zenshû

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Tempo de Cura é o seu mais novo livro

Divulgação / Editora Planeta

Primeiramente, você está bem? Como tem sido viver esta pandemia?

Estamos todos atravessando esta pandemia que nos atravessa. Há momentos de plenitude e momentos de dúvidas e incertezas. Cada instante é único e vou me modificando, adaptando e transformando. Nesse período, escrevi vários livros. Tempo de Cura é o sétimo.

Em sua opinião, a Covid-19 escancarou outras doenças – não só físicas – da sociedade?

Sim. O novo coronavírus tornou transparentes as desigualdades sociais. A ganância, a raiva e a ignorância, os três vírus mais terríveis da humanidade, se mostraram em toda sua pequenez. Presenciamos guerras, tiros, balas perdidas, pessoas desviando vacinas, crianças sendo assassinadas em casa, casais se separando, feminicídios e famílias sofrendo com a falta de saneamento básico. Há tanta coisa errada no mundo…

Entretanto, também vimos a solidariedade surgir em sua grandeza, vacinas serem desenvolvidas em menos de um ano e manifestações públicas pelo respeito à vida e pelo fim do racismo e de qualquer tipo de preconceito. Ainda há tempo para reverter o quadro de aquecimento global, de poluição, de necropolítica e de exploração da natureza e dos seres humanos. Chegou a hora de curar, e os antídotos são doação, compaixão e sabedoria.

Estamos enfermos, tristes e ansiosos, passando por tempos nebulosos que parecem não ter fim. Como não sucumbir ao pânico e à desesperança? Ainda é possível, afinal, tirar um bem de todo esse mal?

É preciso resiliência. A morte sempre nos rondou, mas, agora é mais visível. Devemos usar esse momento de distanciamento para investigar profundamente a nós mesmos: Quem somos nós? O que é essencial? O que podemos fazer durante esta breve existência? Podemos viver de forma mais simples e austera? Cada instante deve ser vivido em plenitude. Se entendermos isso, poderemos apreciar mais a vida e nos tornarmos pessoas mais solidárias, gentis e cuidadosas.

Qual é a mensagem principal que Tempo de Cura nos deixa?

A mensagem que deixo é que podemos nos curar e também curar a humanidade, com sabedoria e compaixão. Juntos, tudo podemos. É uma longa jornada, mas, o tempo chegou: Tempo de cuidado, de reflexão profunda e de encontro com o mais íntimo da vida.

Possibilidades

Para ela, há algumas estratégias que podem ser seguidas se a meta é viver uma vida mais plena.

Abaixo, Monja Coen lista 20 caminhos possíveis:

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