Mãe lança livro inspirador sobre criação de filha com autismo
Entre Dois Mundos, Uma História de Amor será lançado nesta quarta-feira (15/8), às 19h, no restaurante Carpe Diem
atualizado
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Há 21 anos, Larissa Ribeiro aprende diariamente a conviver com os desafios de criar uma filha com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nesta quarta-feira (15/8), ela vem a Brasília para lançar o livro Entre Dois Mundos, Uma História de Amor, ao lado da filha Aline e do marido Daniel Ribeiro. O evento será realizado às 19h, no restaurante Carpe Diem, na quadra 104 da Asa Sul.
A inspiração para escrever a publicação surgiu do desejo de compartilhar experiências pautadas pelo particular universo que o autismo impõe a outras famílias e à sociedade.
“Não se trata de um relato triste e nem com receitas. Não é um livro ativista ou um desabafo. Eu trato de temas diários de maneira simples, para dar um novo significado aos conceitos. Cada autista é único, com suas necessidades”, explica.
O título é dividido em três fases. Ele faz um paralelo entre o mundo de Larissa, cheio de rotinas e deveres; o de Aline, sem subjetividades e conquistas diárias, e o ponto em comum entre as duas histórias.
“Nós evoluímos com o amor, aperfeiçoando o nosso relacionamento diariamente e somos instigados a sermos pessoas melhores”, disse Larissa.
“Aline me ensinou que o importante não é o quanto você ama alguém, mas quanto você está disposto a se doar pelo outro”, compartilha Larissa. O livro foi desenvolvido ao longo de oito anos com o apoio de Aline, à maneira dela.
Mãe e filha sentavam-se para escrever. No início, a autora falou para a jovem que estava escrevendo a história da família, assim, ela foi se apropriando do projeto aos poucos, ao escutar episódios pessoais. “Às vezes, Aline falava uma frase que se tornaria o meu norte para escrever o próximo capítulo”, lembra.
Primeira Bienal Internacional do Livro
A autora foi convidada para lançar o livro na 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo neste ano. A participação foi uma conquista para a família, pois Aline conseguiu enfrentar todo o período da feira de maneira surpreendente, se apropriando dos estímulos sensoriais ao seu redor, lembra Larissa – pessoas com autismo tendem a ser mais sensíveis aos estímulos externos como sons e luzes.