Licença-paternidade de Mark Zuckerberg abre o diálogo sobre igualdade de gênero no trabalho
A decisão do executivo de tirar dois meses de folga para cuidar da primeira filha, que nascerá em breve, repercutiu nas redes sociais em todo o mundo
atualizado
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O anúncio de que Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, decidiu tirar dois meses de licença-paternidade depois do nascimento da primeira filha, repercutiu nas redes sociais. A anúncio foi feito pelo executivo em sua conta pessoal no Facebook.
“Esta é uma decisão muito pessoal e decidi tirar dois meses de licença-paternidade quando nossa filha chegar”, disse o diretor, em referência ao nascimento de sua primeira filha com a esposa Priscilla Chan, cuja gravidez foi anunciada em julho.
Quem trabalha no Facebook tem vantagens muito além do que prevê a lei norte-americana. Nos EUA, nem todos os estados proporcionam esse afastamento. Alguns até oferecem a licença, mas de maneira não remunerada. Os trabalhadores podem negociar diretamente com as empresas, mas não há lei trabalhista que proteja os direitos de mães e pais.
Na empresa de Zuckerberg, os empregados têm direito a até quatro meses de licença-maternidade ou paternidade. Os dias de folga podem ser tirados imediatamente após o parto ou a qualquer momento durante o primeiro ano de vida da criança. Entretanto, nem todo mundo usufrui do benefício por medo de ter sua vida profissional prejudicada.
Mark Zuckerberg
Os estudos mostram que quando pais que trabalham tiram tempo para estar com seus recém-nascidos, os resultados são melhores para as crianças e para as famílias”
O portal The Huffington Post publicou artigo, em inglês, sobre o tema, afirmando que a decisão de Zuckerberg é uma vitória também das mulheres.
“A ação de Zuckerberg sinaliza que é OK para homens priorizar a família diante de seus trabalhos — pelo menos quando você têm um recém-nascido dentro de casa. Há uma boa chance de que ele inspire outros pais a tirar um tempo de folga também. E essa é uma notícia maravilhosa para mulheres também, que enfrentam sérias penalidades e discriminações no trabalho por se tornarem mães. Quando homens tiram licença-paternidade, é um sinal de que conciliar trabalho e família não é “assunto feminino”. Essa ação promove um entendimento real e de empatia entre os sexos no trabalho e vai na direção de eliminar estereótipos de gênero datados, que prejudicam todo mundo”, afirma o artigo assinado por Emily Peck, editora de negócios executivos e de tecnologia do The Huffington Post.