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Hoovering: entenda o comportamento de voltar para um ex abusivo

O hábito tem nome e, segundo uma psicóloga, características próprias. Veja quais são

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Mayra Cardi e Arthur Aguiar
1 de 1 Mayra Cardi e Arthur Aguiar - Foto: Reprodução/Instagram

Sabe aquele ex “folgado”, que sempre reaparece pedindo para reatar uma relação abusiva? Existe um termo para definir esse tipo de comportamento: hoovering. De acordo com a psicóloga Janaina Campos, algumas atitudes que explicam o hábito é fazer promessas de mudança, dizer que não consegue ficar longe da amada, pedir “uma última conversa” e/ou momento juntos, comprar presentes, fazer ameaças e apelar para suas crenças religiosas.

Quando se separou do ator Arthur Aguiar, em 2020, a influenciadora digital e coach fitness Maíra Cardi afirmou ter vivido uma relação extremamente conturbada. Ela postou um vídeo nas redes sociais no qual desabafou: “Eu vivi um relacionamento abusivo e manipulador, no qual eu era extremamente traída, por muitos anos”.

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Filha de Gloria Pires e Fábio Júnior
Cleo afirmou que tem TDAH
E incentivou as pessoas a buscarem um diagnóstico
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Cleo e Tatiana Maciel

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Ela contou que se responsabilizava pelas traições do ex-BBB. “Quando eu menos percebi, eu já havia deixado de ser eu. As pessoas não me reconheciam”, lembrou. Na mesma gravação, Mayra disse que estava expondo a situação para não se submeter mais ao antigo companheiro. “Para eu ter vergonha na minha cara e não voltar mais, parar de ser manipulada e enganada”.  Em março de 2021, os dois reataram o casamento. Eles têm uma filha, Sophia, de 3 anos.

De acordo com a psicóloga Alessandra Araújo, um dos motivos que faz com que a mulher permaneça num relacionamento com uma pessoa abusiva é ter um filho envolvido na situação. “Muitas vezes, esse abusador não é um abusivo com o filho. Outro fator é que esse filho, muitas vezes, é usado como moeda de barganha para que a mulher permaneça do lado dessa pessoa que a fere psicologicamente”, explica a especialista da clinica Via Vitae.

Um “rostinho bonito” também pode ser uma das armas do abusador, para atrair a vítima, principalmente as que possuem autoestima baixa. “Muitas pessoas não estão apenas ligadas ao estereótipo perfeito para ficar do lado de uma pessoa, algumas até fogem desse tipo, porque preveem que ‘rostinho bonito’ é sinônimo de problemas”, diz.

“Já me fez chorar?”

Recentemente, a atriz e cantora Cleo lançou um livro em parceria com a roteirista Tatiane Maciel, intitulado de Todo mundo que amei já me fez chorar. A obra, embora ficcional, é inspirada em histórias reais, trazendo  situações de relações tóxicas. A artista contou que se identificar com os relatos facilitou o processo de escrita. Quando perguntada se já viveu uma relação abusiva, ela respondeu: “A vida inteira”.

Livro Todo Mundo Que Amei Já Me Fez Chorar

A filha de Fábio Jr, tida como um exemplo de insubmissão para outras mulheres, é casada desde 2021 com o empresário Leandro D’Lucca. Ela também se relacionou com alguns famosos, como o ator João Vicente, com quem foi casada durante quatro anos, além dos atores Rômulo Neto e Felipe Tito.

Algumas mulheres vivem como Cleo. Isso porque nem todo mundo que vive ao lado de uma pessoa tóxica passa, apenas, por momentos infelizes. Alessandra destaca que quando o abusador ou abusadora quer conquistar suas vítimas, dá ao outro o que tem de melhor e atrativo. Ao conseguir um terreno sólido e concreto, mostra o verdadeiro lado, colocando “as garras de fora”. A partir daí, começa o jogo abusivo.

“Quando o abusador ou abusadora vê que está perdendo a vítima, se coloca novamente no processo de arrependimento e conquista, acaba convencendo o outro a permanecer ao seu lado, prometendo uma vida completamente diferente da que estavam tendo”, emenda. É assim, ela garante, que o ciclo se repete.

O psiquiatra Leonardo Rodrigues da Cruz explica que, ao perceber que está do lado de uma pessoa abusiva, a melhor estratégia é se afastar. “Pode ser difícil para algumas pessoas e, frequentemente, demanda suporte profissional e familiar. Entender os gatilhos para retomada dessas relações é fundamental para fechar o ciclo e permitir que relações mais saudáveis se desenvolvam”, finaliza o especialista do Instituto Meraki Saúde Mental.

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