Fotógrafa registra mulheres de diferentes países em trabalho de parto
Para tentar humanizar a experiência e aproximar diferentes nações em volta do mesmo tema, a sueca Moa Karlberg resolveu fotografar a expressão de mulheres ao dar à luz
atualizado
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A dor física do parto é a mesma para todas as mulheres. O que difere um momento do outro são as condições externas. Em um centro urbano, por exemplo, a família passa por todo o processo com assistência médica. Em uma tribo no meio de uma floresta, os anciãos ajudam as mães a trazerem o bebê à vida.
Para tentar humanizar a experiência e aproximar diferentes nações em volta do mesmo tema, a sueca Moa Karlberg resolveu fotografar a expressão de mulheres durante o parto. Começou com as conterrâneas e depois viajou para a Tanzânia para registrar, em um local com menos infraestrutura, as semelhanças e diferenças desse momento.
Os dois países foram escolhidos por estarem nos extremos da lista de mortalidade durante o trabalho de parto. No país africano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cinco mortes de mulheres, entre 15 e 49 anos, acontecem ao dar à luz. Por outro lado, a Suécia tem um dos menores registros. Por lá, uma mãe morre a cada 100 mil nascimentos.
Durante o projeto, Karlberg focou na expressão das mulheres e deixou os detalhes (nos fundos e nos cantos da imagens) falarem por si. “A única diferença entre as experiência é o cuidado médico disponível para aliviar a dor e cuidar dos bebês após eles saírem da barriga das mães”, conclui. De acordo com a OMS, todos os dias cerca de 800 mulheres morrem de complicações relacionadas à gravidez e ao parto.