metropoles.com

Fórmula do amor Volume 2. O que fundamenta um bom relacionamento

De volta à saga, investigamos os campos sociais, econômicos e sexuais para descobrir o que as pessoas querem em um casamento

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Metrópoles/Istock
1 de 1 - Foto: Metrópoles/Istock

Depois de esclarecermos o que deve ser observado em um relacionamento nos sentidos jurídico e psicológico, chegou a hora de aprofundar outras questões importantes. Afinal, posso me casar com alguém que tenha uma renda inferior à minha? Pessoas com opiniões políticas diferentes conseguem ficar juntas? E na hora do sexo, incompatibilidade pode ser um aprendizado para ambos?Os questionamentos para descobrir a fórmula do amor continuam.


Visões sociais de um casamento

A socióloga Anelise G. Estivalet, considera o amor como algo construído a partir das relações sociais, do convívio e das condições de vida que formam esse relacionamento. Por isso, se você está pensando em começar a namorar, a profissional explica que deve ser observado a maneira que o outro age e como isso faz com que você se sinta. “Você está sendo respeitado? Essa pessoa te dá segurança? Nenhum relacionamento deve ser baseado na opressão, no controle ou no medo”.

A socióloga também desacredita que pessoas precisam ter opiniões políticas semelhantes para que o casamento dê certo. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Lincoln-Nebraska e da Universidade de Rice, nos EUA, concluíram após um estudo que maridos e esposas buscavam parceiros com visões sociais e políticas parecidas. “No amor não existem verdades inquestionáveis, é primordial estabelecer um diálogo”, avalia Anelise.

Além disso, a profissional acredita que a pós-modernidade, propensa a mudar com rapidez e de forma imprevisível, tem sido fatal para nossa capacidade de amar.”Hoje em dia tornou-se comum o término de relacionamentos por mensagens ou telefone, atitudes permeadas pelo medo e descartabilidade. Acabamos adaptando nossos comportamentos consumistas para nossas relações amorosas”, explica a profissional.


Qual o peso do dinheiro?

Em um novo estudo publicado na American Sociological Review, a socióloga Alexandra Achen Killewald, de Harvard, descobriu: o que aumenta a probabilidade de um divórcio não é a quantidade de dinheiro, mas sim se o marido está trabalhando em tempo integral. A análise – feita com 6,309 casais, entre 1968 e 2013, dos quais 1.684 estavam divorciados ou permanentemente separados durante esse tempo –, mostrou que, enquanto o ideal de “dona de casa” diminuiu em sua importância, a figura do “chefe de família” ainda está de pé.

Apesar do estudo ser limitado (não houve dados suficientes para análises de casais do mesmo sexo, por exemplo), Killewald diminuiu o papel do dinheiro, considerado algo menos importante para a estabilidade de um casamento do que o papel do trabalho.

 

O planejador financeiro Mateus Soares reforça a pesquisa e ainda acrescenta que só há isonomia entre o casal na hora de tomar as decisões de investimento, se o homem ganhar menos. “No meu dia a dia observo que quando o salário da mulher é maior, a tomada de decisão entre o casal fica equilibrada. No entanto, quando o homem recebe mais, eu percebo que quem dá as cartas é somente ele.”

Os dados mostram que o machismo ainda está intrínseco nas relações amorosas — ainda mais quando se fala de independência financeira da mulher.

Para Mateus, existem dois tipos de pessoas: de perfil gastador e de perfil poupador, mas que nesses estilos não existe a parte “certa”, sendo o correto ser aberto e chegar a um consenso. “Casar com alguém que tenha o perfil oposto pode ser uma fonte de desentendimentos durante o relacionamento. Enquanto um quer poupar para comprar uma casa, por exemplo, o outro pode querer gastar a maior parte da renda em viagens e restaurantes”.

 

Amor & Sexo

A profissional especialista em sexualidade humana, Tatiana Leite, acredita que na hora de começar um relacionamento devemos refletir na individualidade das pessoas, entender como nosso corpo reage ao parceiro (a) e evitar fórmulas de atração sexual.

“Não existe uma regra fixa na hora do sexo, zonas erógenas não se reduzem a apenas um local”, explica a profissional. Além disso, esqueça a ideia de que as relações sexuais mais bem-sucedidas são daqueles que têm vontades semelhantes na cama. O que deve estar em pauta é uma boa comunicação sexual. “O gostoso do sexo é não cair na rotina. Porque se eu já sei o que o outro quer eu sempre vou fazer daquela forma. E o legal é experimentar situações novas, coisas novas. Não existe somente uma sintonia perfeita, podemos desenvolver tudo. Isso sim é um casal bem-sucedido”, conclui.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comVida & Estilo

Você quer ficar por dentro das notícias de vida & estilo e receber notificações em tempo real?