Estudo revela que “fofoca do bem” traz benefícios à vida e à carreira
A conclusão da pesquisa é que os “fofoqueiros do bem” firmam laços sólidos com aqueles com quem dividem inconfidências
atualizado
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Fofoca, mexerico, bisbilhotice, fuxico, cochicho… Existem muitos nomes para o ato de passar para frente uma informação que, nem sempre, era para ser de conhecimento público (ou “da conta de ninguém”). O esporte universal que a espécie humana vem praticando desde os primórdios é muito condenado, mas, segundo um estudo publicado recentemente, pode ter seus benefícios.
Um estudo da Universidade Estadual de Washington, publicado no Journal of Evolution and Human Behavior, analisa como os efeitos da fofoca podem gerar ganhos na vida pessoal e profissional de quem cultiva o hábito. A pesquisa, no entanto, manteve o foco em comentários positivos ou até críticos, mas bem-intencionados.
Vale ressaltar que, nos casos analisados, nenhuma pessoa foi depreciada, atacada ou humilhada.
“Ao ressaltar pontos positivos sobre uma terceira pessoa, o autor da fofoca passa a ser bem-visto por exibir traços de honestidade e boa índole”, disse a antropóloga Nichole Hess, coordenadora do trabalho que analisou amostras nos Estados Unidos, na Índia e em países africanos, em entrevista à Veja. A máxima vale, inclusive, para o campo profissional.
A conclusão da pesquisa é que, muitas vezes, os “fofoqueiros do bem” firmam laços sólidos com aqueles com quem dividem inconfidências sobre terceiros. Nessa relação, surge um ambiente de cooperação, parceria e até de amizade.