Estudo aponta que ouvir música pode ser como conversar com amigos
A pesquisa investiga a relação entre estímulos sonoros e empatia
atualizado
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Sons cadenciados embalam a malhação, batidas fortes dão vida às festas, ritmos suaves são tocados antes de dormir, letras angustiadas viram trilha sonora de um término. Em nossa cultura, a música está em todos os lugares e momentos do dia.
Já sabemos que ela aumenta a produtividade e une pessoas com paixões similares. Mas por que temos tanto desejo de ouvir música? Buscando essa resposta, uma pesquisa publicada na revista Frontiers in Behavioral Neuroscience revelou o link entre empatia e amor por canções.
No estudo, foram realizados dois experimentos, com 15 e 20 estudantes universitários, respectivamente. Todos com um background pequeno em música. A conclusão foi de que o traço de empatia modula conforme as pessoas processam os sons. A pesquisa ainda revelou em quais áreas do cérebro a música está mais associada: no córtex pré-frontal e na parte de recompensa.
Além disso, os cientistas descobriram que existe um “circuito de empatia” no cérebro. Para quem é mais sensível às emoções alheias, a música pode ter um efeito físico nesse órgão e gerar sentimento de estar em boa companhia. O relaxamento vindo dos sons é semelhante ao de desabafar e conversar com amigos próximos.
“É bem possível que quem tem mais tendência a se imaginar no lugar dos outros também tenda a perceber as ações implícitas em sons, seja uma voz suave, um saxofone rosnando ou outro barulho refletindo ações humanas”, diz o relatório. Outras pesquisas apontaram que pessoas altamente empáticas preferem canções emotivas, com letras românticas e pegada de R&B, como na playlist abaixo: