Especialistas não recomendam uso do colar de âmbar nos bebês
Acessório é usado para aliviar dores da dentição nas crianças, mas especialistas dizem que benefícios não têm comprovação científica
atualizado
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Um acessório tem ganhado popularidade entre as mamães de todo o mundo. Trata-se do colar de âmbar, uma resina vegetal pré-histórica encontrada principalmente na região dos Bálticos. Segundo relatos de mães em fóruns virtuais e blogs sobre maternidade, o colar ajudaria a aliviar dores e desconfortos causados durante a fase da dentição nos bebês.
O âmbar, em consistência, é uma seiva de árvores fossilizadas (que cresceram há 50 milhões de anos ou mais). O resultado são pedras de cristais alaranjados de âmbar. Em sua composição química, está o ácido succínico, um composto químico que fortalece o sistema imunológico, ajudando a evitar inflamações quando em contato com a pele.
Apesar das recomendações de algumas mães na internet, a Associação Brasileira de Odontopediatria não recomenda a utilização do colar durante a fase de dentição. “Não indicamos por causa do risco de asfixia. Se a criança usa, os pais têm que vigiar o tempo todo, o que não é possível na prática”, defende o presidente da associação Paulo Cesar Rédua para a revista Crescer.Segundo o pediatra homeopata e membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Moisés Chencinski, esta popularização é uma crença popular que ganhou fama, não sendo cientificamente comprovada. “Não há nenhuma pesquisa que mostre que ele funcione, o que existem são experiências pessoais. É um método natural sem comprovação científica”, finaliza.
Na internet é possível adquirir o acessório por valores que começam em R$ 95 e, é claro, deve ser importado.