Entenda como ser solteiro pode diminuir sua expectativa de vida
Não se relacionar amorosamente e não ter amigos aumenta o risco de AVC e ataque cardíaco, segundo estudo
atualizado
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A Associação Americana do Coração revelou, na última quinta-feira (4/8), que o isolamento social e a solidão humana podem aumentar em quase 30% o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e ataque cardíaco. A revelação da entidade reforça a tese de que as interações sociais são de suma importância para uma boa expectativa de vida.
A pesquisa ainda indicou que adultos que fazem três ou menos contatos sociais por mês têm risco 40% maior de AVC e ataque cardíaco do que as pessoas com a vida social ativa.
Assim como a terapia, já foi constatado que namorar faz bem não somente para a alma, mas também para a saúde e o lado espiritual.
“Quando duas pessoas namoram, elas dividem suas energias uma com a outra. Um relacionamento harmonioso, em que se dá e recebe carinho, influencia em uma vida com mais felicidade”, explica o especialista em relacionamentos e fundador da Casa de Apoio Espaço Recomeçar, Maicon Paiva, ao Metrópoles.
Tudo isso se dá pela produção de oxitocina, conhecida como hormônio do amor. Essa enzima tende a ser liberada pelo corpo quando estamos ao lado da pessoa amada e, além de elevar o bem-estar, combate o cortisol, chamado de hormônio do estresse.
“Somos seres sociais e precisamos do contato com o outro e com o mundo para mantermos a nossa saúde mental em dia”, frisa a psicóloga Bruna Capozzi, também em entrevista ao portal.
A solidão e a pandemia
O Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos destaca que, além das doenças físicas que a solidão pode causar, outros problemas são corriqueiros em pessoas solitárias, entre eles, hipertensão, ansiedade, depressão e Alzheimer.
Não à toa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou para um aumento expressivo dos diagnósticos de ansiedade e depressão nos últimos dois anos. Foi durante a pandemia da Covid-19, quando as pessoas precisaram se isolar a fim de evitar a disseminação do vírus, que o adoecimento mental afetou mais da metade da população brasileira.
De acordo com Capozzi, especialista do Instituto Meraki Saúde Mental, a pandemia mudou a forma como as pessoas se relacionam. “Nesse sentido, muitas pessoas desenvolveram insegurança nas relações, medo de se relacionar e de estarem próximas. Esses fatores tem levado alguns indivíduos ao isolamento, prejudicial a diversos aspectos da vida”, elucida.
Como dito anteriormente, ter um parceiro traz benefícios não só psicológicos, mas também físicos. “Quando estamos felizes, o nosso cérebro reage à ação com a mudança de alguns neurotransmissores. A dopamina, assim como o crescimento dos níveis de endorfina e oxitocina, aumentam a sensação de apego, bem-estar e segurança”, conclui Maicon, recomendando boas doses de afeto por dia.