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Dossiê do Google mostra conexão entre masculinidade e suicídio

O estudo aborda violência e a mudança do que se entende como “ser homem”

atualizado

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Sad businessman sitting head in hands on the bed in the dark bedroom with low light environment, dramatic concept, vintage tone color
1 de 1 Sad businessman sitting head in hands on the bed in the dark bedroom with low light environment, dramatic concept, vintage tone color - Foto: iStock

O que é ser homem? Desde o início da vida, garotos aprendem que devem ser fortes o tempo todo e não podem, sob hipótese alguma, chorar, demonstrar emoções, desabafar ou pedir ajuda. As consequências para manter essa fachada são desastrosas e, na maioria das vezes, a violência é vista como válvula de escape.

Um dossiê feito pelo Google reuniu dados e mostrou o que é ser homem para os brasileiros. Na pesquisa, o link entre masculinidade e diversas formas de violência, contra si mesmo e mulheres, é alarmante. Pessoas do gênero masculino se suicidam quatro vezes mais, em comparação ao feminino.

Os homens também são os que mais morrem de formas violentas e são os maiores assassinos de mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o quinto país com maior número de feminicídio, crime motivado por machismo.

A explicação do dossiê para os dados espantosos se resume em duas palavras: masculinidade tóxica. O termo é usado para explicar essa cultura na qual os homens não podem ser sensíveis, empáticos, buscar ajuda ou fugir do estereótipo de machão. O documentário The Mask You Live In, disponível na Netflix, é citado pela pesquisa como ponto de partida para refletir.

Apesar do padrão atual, o relatório é otimista e prevê uma mudança no horizonte. “Esse movimento garante condições mais igualitárias e saudáveis, onde os homens têm espaço para serem mais humanos e se expressarem sem a ameaça de colocar qualquer coisa em risco, seja sua imagem, seja seu bem estar psicológico”, afirma o estudo do Google sobre a nova masculinidade que está sendo pensada agora.

Em países como Canadá, Estados Unidos e Reino Unido, masculinidade tóxica teve alta nas buscas nos últimos dois anos. No Brasil, cerca de 75% dos homens nunca ouviu a expressão. O interesse dos brasileiros aumentou as pesquisas a respeito de machismo, que começa a ser encarado como um problema, segundo o dossiê.

A pesquisa encoraja três mudanças imediatas para reduzir os problemas da masculinidade tóxica: retratar homens na mídia sem usar estereótipos, criar situações para homens conversarem sobre suas experiências e sentimentos e repensar o marketing de certos produtos, como fraldas, geladeiras e produtos de limpeza.

Precisa de ajuda ou conhece alguém que esteja procurando apoio? Veja a lista abaixo:

Arte/Metrópoles

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