Artista transforma mulheres importantes em princesas da Disney
Intenção do artista é causar impacto na sociedade, mostrando que as princesas não precisam ser estereotipadas como donzelas indefesas
atualizado
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As princesas da Disney já ganharam várias versões para chamar atenção de alguma causa. O Metrópoles mostrou homens que foram transformados em princesa, a menina com síndrome de Down que se vestiu como personagens das famosas animações, e agora mostra o trabalho do artista David Trumble, que escolheu dez grandes mulheres da história para virarem princesas.
A ideia de Trumble é mostrar para a sociedade algumas mulheres que tiveram – ou têm – um grande impacto na sociedade e como elas não precisam ser “moldadas” ao padrão das princesas Disney para fazer a diferença. Para isso, ele as desenhou fora dos estereótipos de cabelos lisos, olhos e pele claros, e colocou suas reais características físicas.Em entrevista ao site Women You Should Know (Mulheres que você deveria conhecer, em tradução literal), o artista declarou querer mostrar como não faz sentido encaixar as mulheres reais em modelos limitados, o que também não deveríamos fazer com as heroínas fictícias.
“A ficção é o primeiro lugar onde as crianças enxergam modelos, por isso temos a responsabilidade de proporcionar a elas uma seleção diversificada e eclética de arquétipos femininos. Agora, eu não estou dizendo que as meninas não devem ter princesas em suas vidas, o arquétipo em si não é intrinsecamente errado, mas deve haver mais opções para escolher”,declarou.
Saibas quem são as dez escolhidas de David Trumble:
Princesa Anne Frank: Princesa do Holocausto
Uma adolescente judia que foi morta aos 15 de anos em um campo de concentração, Anne Frank ficou conhecida mundialmente com a publicação póstuma de seu diário, onde relatou as experiências que viveu com a família ao se esconder dos nazistas nos Países Baixos.
Princesa Harriet Tubman: Princesa da Abolição
Também conhecida por Black Moses, foi uma afro-americana natural dos EUA, abolicionista, humanitária e espiã da União durante a Guerra Civil dos Estados Unidos, onde ela lutou pela liberdade e contra a escravidão e o racismo. Após escapar do cativeiro, fez 13 missões para resgatar 70 escravos utilizando sua rede de ativistas abolicionistas e abrigos conhecidos como “Underground railroad”.
Princesa Jane Goodall: Princesa da Selva
Britânica nascida em 1934, Goodall é uma primatóloga, etóloga e antropóloga. Dedicou-se ao longo de 40 anos aos estudos sobre a vida social e familiar dos chimpanzés em Gombe, na Tanzânia. Seus estudos contribuíram muito para o avanço dos conhecimentos sobre a aprendizagem social, o raciocínio e a cultura dos chimpanzés selvagens. É a mensageira da paz das Nações Unidas, fundou o Jane Goodall Institute e é afiliada ao grupo defensor dos animais Human Society of the United States.
Princesa Marie Curie: Princesa Nobel
Foi a primeira pessoa a ser premiada duas vezes com um Prêmio Nobel. Em 1903, (dividido com seu marido, Pierre Curie, e Becquerel) pelas suas descobertas no campo da radioatividade, e com o Nobel de Química, em 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio 2. Marie é polonesa, mas exerceu a sua atividade profissional na França.
Princesa Gloria Steinem: Princesa Pioneira
Jornalista americana, nascida em 1934, tornou-se conhecida pelo seu engajamento com o feminismo e pela sua atuação como escritora e palestrante, principalmente durante os anos 1960.
Princesa Malala Yousafzai: Princesa Desafiadora
Em 2012, aos 16 anos, Malala foi baleada na cabeça e pescoço em uma tentativa de assassinato por talibãs armados quando retornava para casa em um ônibus escolar. Eles tentaram eliminá-la por ser uma ativista em prol dos direitos da educação e das mulheres, o que felizmente não aconteceu – ela sobreviveu e reside atualmente na Europa. Malala ganhou o Prêmio Sakharov e o dedicou aos heróis sem nome do Paquistão, com o seguinte discurso ao receber o prêmio: “Algumas crianças não querem X-Box, iPhone e nem chocolate, querem um livro e uma caneta para irem ao colégio”.
Princesa Ruth Bader Ginsburg: Princesa Suprema
Foi a segunda mulher nomeada para o cargo de Juíza da Suprema Corte dos EUA, portadora de uma potente voz em favor da igualdade de gênero, de direitos dos trabalhadores e da separação entre Igreja e Estado. Em 1996, Ginsburg escreveu a decisão histórica do Supremo Tribunal Federal dos EUA, proibindo o Instituto Militar da Virgínia de recusar-se a admitir mulheres.
Princesa Susan B. Anthony: Princesa do Sufrágio
Sufrágio é o direito ou a execução do direito de votar, e Susan foi uma das únicas que lutou pelos direitos das mulheres nesse quesito, em meados de 1800. Deixou um legado para as mulheres das futuras gerações.
Princesa Hillary Clinton: Princesa 2016
Uma das mulheres mais influentes dos EUA, atualmente é Secretária de Estado do presidente Barack Obama e uma forte candidata à presidência do país em 2016.
Princesa Rosa Parks: Princesa da Igualdade
Um pequeno gesto, mas simbolicamente poderoso a fez entrar para a história. Em 1º de dezembro de 1955, em Montgomery, no estado do Alabama (EUA), a costureira de 42 anos Rosa Parks se recusou a ceder seu lugar no ônibus para um homem branco que exigia o lugar dela para sentar-se. Ela foi presa e multada pela atitude, mas foi o pontapé inicial para que um boicote em massa contra as companhias de ônibus locais fosse organizado pelo reverendo Martin Luther King. Foi o início de uma reviravolta na história dos Estados Unidos e no mundo.