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Deus é onipresente: paróquia do DF transmite missas no Instagram

Momento é de pensar no próximo e resgatar hábito de rezar em casa, diz padre Fernando, que conduz igreja no Sudoeste

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Cenário de igreja com vários tablets em que fieis aparecem orando
1 de 1 Cenário de igreja com vários tablets em que fieis aparecem orando - Foto: CHBD/Via Getty Images

Com o aumento assustador do número de infectados por coronavírus, até mesmo os cultos religiosos tiveram de ser suspensos. No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha assinou um decreto para autorizar a polícia a fechar igrejas e templos que insistam na realização de missas e, consequentemente, coloquem os frequentadores em risco.

As determinações de isolamento motivaram uma paróquia do DF a usar as redes sociais para reforçar que “Deus é onipresente” e que, durante o período de ameaça do vírus, o melhor a fazer é rezar em casa.

“É claro que gostaríamos de estar junto aos fiéis de forma física. Mas, como não é possível, sentimos no nosso coração que precisávamos fazer algo para nos manter próximos. Voltamos com as redes sociais e criamos um canal no YouTube. É uma oportunidade para reativar a igreja doméstica”, explica o padre Fernando Alves de Sousa, responsável pela Paróquia São Pio de Pietrelcina, no Sudoeste.

O conceito mencionado por ele relaciona a igreja à família cristã. Para incentivar sua vivência, a paróquia convidou os fiéis a continuarem participando da missa por meio de lives realizada diariamente, às 19h, no Instagram e no YouTube.

Além disso, às 18h, aqueles que tocam algum instrumento são convidados a anunciar a realização do terço católico, também transmitido todos os dias nas redes sociais.

“Começamos na sexta-feira (20/3). É uma forma de unir as pessoas e tem sido muito bonito. Então, qualquer pessoa que more na quadra e toque algo: trompete, pandeiro, o que for, pode se unir a nós”, explica o padre.

A ideia rapidamente ganhou a adesão de fiéis. Na primeira missa dominical, cerca de 2 mil participaram da transmissão.

Insatisfação com a medida

O fechamento desses espaços como medida de segurança tem sido replicado em vários estados brasileiros, mas foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro. Em entrevistas, o chefe do Executivo defendeu que os cultos continuassem ocorrendo, apesar da pandemia. Ele justificou alegando que é na igreja que as pessoas buscam consolo nesses momentos.

A opinião é compartilhada pela ex-assistente de palco Andressa Urach. Ela comentou o assunto no Instagram e defendeu a realização de cultos durante a pandemia. “Jesus não tem medo de coronavírus”, afirmou.

Porém, na opinião do padre Fernando, embora a presença na igreja seja importante, a decisão de ficar em casa também diz respeito à relação com Deus, uma vez que é um esforço para proteger o próximo.

“Temos contato com muitos missionários na Itália, Espanha e outros países que estão em uma situação delicada por causa do coronavírus. Todos dizem que o erro de seus países foi minimizar o problema”, pondera.

“Dessa forma, precisamos compreender os momentos que a história vai impondo e aceitar a realidade. É claro que é importante comungar fisicamente. Precisamos pensar no bem de todos e achatar a curva. Não podemos nos reunir, mas podemos viver a igreja doméstica e estarmos juntos de coração, pelo computador e pelo celular”, finaliza.

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