Dermatologista chora e desabafa sobre voluntariado em hospital de campanha
Emocionada, Layla Miguel relatou como foram suas exaustivas jornadas de trabalho voluntário na luta contra a Covid-19
atualizado
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Layla Miguel usou seu perfil do Instagram nessa quinta-feira (25/06) para lembrar sua experiência como voluntária do hospital de campanha do Maracanã, no Rio de Janeiro. A dermatologista largou o consultório estético onde trabalhava para ajudar na luta contra o coronavírus.
“Me deu vontade de falar novamente sobre o que eu vivi dentro do Hospital de Campanha do Maracanã. […] Descobri, naquele ambiente, que posso fazer a diferença na vida de alguém. E descobri também que, nos momentos em que não conseguíamos trazer alguém de volta à vida, posso ser forte. Fui, muitas vezes, forte para seguir em frente, e cuidar do próximo paciente”, escreveu a médica.
“Passar tantos dias tentando entender melhor essa doença, e batalhar contra ela, no fim, me ajudou em muitas coisas. ‘Crescer dói’, dizem. É verdade. Chorei muito, tanto de tristeza quanto de alegria. […] Sinto que amadureci; sinto que passei a dar mais valor para coisas que antes nem estavam entre minhas prioridades”, continuou.
Por fim, ela contou como foi sua volta ao consultório dermatológico. “Agora, de volta ao meu ambiente de trabalho, carrego comigo as memórias do que vivi, e de quem conheci. Carrego comigo uma vontade ainda maior de dar o meu melhor, diariamente”.
Longo desabafo
A especialista já tinha usado suas redes sociais para falar sobre seu voluntariado. Em vídeo publicado em 31 de maio, a médica fez um longo desabafo e deu detalhes sobre as horas exaustivas de trabalho. Ela se emocionou e mostrou as marcas dos equipamentos de segurança em seu rosto. No dia anterior a postagem, ela havia feito sua última contribuição ao hospital.
“Estou aqui, no Maracanã. Hoje foi meu último plantão. Foram três semanas de cinco plantões, com 12 horas cada um. Nunca tinha dado plantão. Não sabia como era. Não sabia que era tão cansativo. Achava que era como ir ao consultório, que é uma coisa leve que eu adoro”, revelou.
Ela ainda lamentou a perda de uma paciente de 89 anos, que faleceu sem a família por perto. “Fiquei ao lado dela. Pensei que poderia ser minha avó”, disse, às lágrimas.
Layla resumiu a experiência como “emocionante e intensa”.
Veja relato completo:
