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Depressão pós-aposentadoria: como preservar saúde mental na nova fase

Ex-nadador Fernando Scherer, o Xuxa, revelou que teve depressão após encerrar a trajetória profissional. Psicólogo comenta momento de vida

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Xuxa aposentadoria
1 de 1 Xuxa aposentadoria - Foto: Reprodução/Instagram

Descreva quem você é, sem falar sobre sua profissão, ou do que você faz. Recentemente, o desafio convidou usuários das redes sociais a desvincular a personalidade da vida profissional. A proposta de autoconhecimento é fundamental para a saúde mental — não apenas em busca de relações de trabalho mais saudáveis, mas também para uma transição à fase da aposentadoria mais serena.

Esta semana, o ex-nadador Fernando Scherer, conhecido como Xuxa, revelou que teve depressão após se aposentar das piscinas, em 2008. Na época, o atleta passou a se questionar: “Quem eu sou agora? O que o Fernando gosta?”, como contou em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.

Há quem viva por anos sonhando com a chance de, finalmente, pendurar as chuteiras. Ao se afastar da rotina laboral por conta da idade, nem todos enxergam o período como o momento de alcançar as graças após uma vida de muito trabalho. São comuns os casos de profissionais que, após a aposentadoria, desenvolvem quadros depressivos.

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O atleta é dono de uma carreira de sucesso nas piscinas, que incluiu dois bronzes olímpicos: Atlanta (1996) e Sidney (2000)
Depois de uma crise psicológica que a fez desistir de competir na final individual da ginastica artística nas Olimpíadas de Tóquio, a ginasta Simone Biles precisou dar uma pausa na carreira para tratar a saúde mental. A situação da atleta levantou discussão sobre a saúde mental de esportistas
O jogador de vôlei Douglas Souza anunciou  sua aposentadoria da seleção brasileira masculina de vôlei para cuidar da saúde mental no fim do mês de março
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Aposentado desde 2008, o ex-nadador Fernando Scherer, conhecido como Xuxa, revelou que teve depressão após a aposentadoria

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O atleta é dono de uma carreira de sucesso nas piscinas, que incluiu dois bronzes olímpicos: Atlanta (1996) e Sidney (2000)

Reprodução/Rio 2016
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Depois de uma crise psicológica que a fez desistir de competir na final individual da ginastica artística nas Olimpíadas de Tóquio, a ginasta Simone Biles precisou dar uma pausa na carreira para tratar a saúde mental. A situação da atleta levantou discussão sobre a saúde mental de esportistas

Laurence Griffiths/Getty Images
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O jogador de vôlei Douglas Souza anunciou sua aposentadoria da seleção brasileira masculina de vôlei para cuidar da saúde mental no fim do mês de março

Toru Hanai/Getty Images
Transições mais brandas

Segundo o psiquiatra Leonardo Rodrigues da Cruz, “as transições no ciclo da vida impõem desafios importantes para a saúde mental, ocorrendo desde reações esperadas de adaptação, até mesmo transtornos ansiosos e depressivos”.

Naturalmente, parar de trabalhar ocasiona um período de troca de papéis, responsabilidades e relações pessoais, como comenta o médico. “Um contexto que, se não manejado adequadamente, acarreta questionamentos sobre propósito, solidão e redução da autoestima, principalmente, naqueles com alto nível de atividade prévia, como é o caso dos atletas”, completa.

O profissional utilizou o caso de Fernando Scherer para tratar de uma situação comum em qualquer tipo de atividade laboral. “O término da carreira é um momento bastante delicado, pois trata diretamente da ‘identidade de atleta’, que é o quanto o indivíduo se identifica com a sua imagem esportiva”, explica.

Quanto maior a identificação do funcionário com a vida profissional, mais difícil o desprendimento da carreira e, consequentemente, há aumento do risco de depressão. “Saber quem a pessoa é, além daquilo que foi construído durante a vida profissional, pode gerar angústias importantes”, frisa.

Importância de procurar ajuda

De acordo com o psiquiatra, um quadro de depressão pode ser identificado a partir do humor deprimido ou perda de prazer, associados a alterações de sono, apetite e cognição, que persistem por mais de duas semanas. O incômodo afeta o funcionamento pessoal, necessitando de acompanhamento psicológico com um profissional da área.

“O tratamento adequado promove melhora importante da qualidade de vida e devolve possibilidades ao indivíduo”, recomenda.

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