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Consciência Negra: projeto de percussão ocupa pontos do DF

Batizada de Folha Seca e com foco no resgate da cultura negra, iniciativa promove aulas de percussão a preço acessível

atualizado

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Arquivo pessoal
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1 de 1 WhatsApp-Image-2019-11-20-at-20.46.10 - Foto: Arquivo pessoal

Antes vítimas de preconceito devido à intolerância com religiões de matrizes africanas, os instrumentos de percussão ganharam novo fôlego graças a iniciativas brasilienses que os colocam em evidência. Uma delas é o Projeto Folha Seca, que tem popularizado os sons que remetem à ancestralidade com aulas em pontos históricos e turísticos da capital federal.

Idealizado pelo músico Marcos Valente, de 31 anos, o Folha Seca promove aulas de atabaque e outros instrumentos a um preço acessível (ao custo de R$ 100, por mês) e sem qualquer tipo de distinção, seja de raça, seja de gênero. Não há, também, restrição de faixa etária ou mesmo de habilidades prévias. Todos são bem-vindos.

Arquivo pessoal
Marcos Valente em aula que valoriza a ancestralidade dos ritmos percussivos. Turmas são abertas e não há qualquer tipo de discriminação

As aulas acontecem em endereços como a Escola Parque da 313/314 Sul, o Parque da Cidade, o Mercado Cobogó (704/705 Norte) e a Torre de TV.

Segundo o professor, que guarda relação com a ritmos percussivos desde a infância, o objetivo é reverberar essa cultura para além das fronteiras de quem já tem contato com a musicalidade que veio da África. Música é identidade e, durante as apresentações, há verdadeiras catarses. São como sessões de terapia coletivas.

É algo que precisa ser dividido, compartilhado. A cultura vem da oralidade. São os mais velhos passando aos mais novos. Pego os toques ancestrais e trago para as aulas, explicando o porquê de cada ritmo do agogô, pandeiro, berimbau….

Marcos Valente

Valente faz jus ao nome e não se intimida ao apresentar a sonoridade em endereços ao ar livre, mesmo correndo risco de ser mal interpretado.

“É um ato de resistência. Há quem goste, há quem reclame. Ainda existe discriminação com os tambores. Muita gente passa, fala que é ‘macumba’. Outros, por outro lado, tiram fotos e fazem vídeos. Não vamos nos calar. Iremos consagrar nossa raízes”, diz.

Instrumento ancestral, o tambor é cedido aos alunos, em turmas que praticam entre quarta e sábado. “Quando tocamos, nos conectamos com a força de Angola. É uma maneira de sentir o que os nossos olhos não viram”, emociona-se.

Serviço
Projeto Folha Seca
Agendamento pelo 99659 9131 e 98151-1700 (WhatsApp)
Aulas de quarta-feira a sábado, em vários endereços
Mensalidade a R$ 100

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