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Conheça os experts em coloração que transformam cabelos em obras de arte

Hair stylists têm abusado da criatividade na hora de cortar e tingir, fazendo um novo estilo de colorido bombar nas redes sociais

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Brasília (DF), 30/09/20 Mateus Kili é cabeleireiro e tem se dedicado a novas experiências com coloração Local: Ceilandia Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 30/09/20 Mateus Kili é cabeleireiro e tem se dedicado a novas experiências com coloração Local: Ceilandia Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: null

Não é de hoje que cabelos coloridos fazem sucesso: de símbolo de rebeldia, nos anos 1980, à recente moda entre celebridades pop, eles seguem evoluindo e confirmando seu caráter atemporal. A tendência, agora, é elevar o uso de cores marcantes em fios, longos ou curtos, ao status de obra de arte.

O criativo Mateus Kili, conhecido entre amigos e clientes como Barbeiro da Favela, ficou famoso na web com o clássico corte flat-tops, reproduzido em seu salão, em Ceilândia (DF), com perfeição. No último ano, no entanto, assinou uma parceria com uma famosa marca de coloração e descobriu que, além da tesoura, podia usar os pincéis para fugir dos padrões de beleza e contribuir com a autoestima de homens e mulheres da periferia.

Hoje, ele agrega os dois talentos em criações impressionantes.

“Apesar de já fazer sucesso na Europa, nos EUA, é algo novo em Brasília. As pessoas estão curtindo. Em breve, vamos ver muito mais cabelo colorido por aí”, acredita Kili. Ele cobra uma média de R$ 150 por um trabalho com coloração, valor bem abaixo do praticado na região central de Brasília. “Já tenho recebido clientes de outras RAs e cidades para conhecer”, comemora.

Mateus Kili, Barbeiro (e agora colorista) da Favela
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Ele dá show de criatividade
Ele ainda é um ativista negro
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Ele ainda é um ativista negro

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Ele dá show de criatividade

Reprodução/Instagram

Em Goiânia, Yoná Cunha é um dos nomes que se destacam com técnicas próprias de colorismo. “A onda do hair art estourou com um desfile da Versace em que um modelo levou para a passarela um cabelo no estilo animal print. A partir daí, apareceram variações desse tipo e os cabelos se tornaram telas das nossas criações”, destaca a designer.

Quando a missão é conceber visuais estilosos e com personalidade, tal como o do modelo brasileiro João Knorr, em Milão, Yoná diz que é preciso entender e compreender o que o cliente espera. “Não tenho um público específico. Atendo desde crianças a pessoas de idade, que procuram um cabelo um tanto ousado e original para expressar sua identidade, enaltecer sua beleza e diferença, e um ambiente acolhedor”, descreve.

Mais que um movimento sobre aparência, ela acredita que os cabelos coloridos refletem uma expressão de liberdade. “Gosto do poder da mudança. Trabalhar com isso é particularmente incrível, principalmente se tratando de arte e autoestima juntas. Meu trabalho carrega um significado muito bonito de autoaceitação e, assim, enalteço os diferentes tipos de beleza que existem”, diz a colorista.

Yoná Cunha
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Não é incrível?
"O processo nos dá a liberdade de nos inspirarmos em quase tudo que podemos observar", diz a colorista
Ela atende em Goiânia, na Casa Silva
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Trabalho de Yoná chegou a ser citado pela revista francesa Femme Actuelle

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Não é incrível?

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"O processo nos dá a liberdade de nos inspirarmos em quase tudo que podemos observar", diz a colorista

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Ela atende em Goiânia, na Casa Silva

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O estilo também têm encontrado espaço no eixo Rio-São Paulo. A inspiração da hair stylist Priscila Dias Doarth, que atende na metrópole paulista, são estrelas icônicas e rebeldes como Cindy Lauper.

“Me identifiquei muito com a ousadia dela, com a forma de expressar a própria aparência. Antigamente, isso era muito discriminado” diz. “Lembro que eu queria muito ter um cabelo novo, um corte estiloso. Mas esse tipo de visual era alvo de muito preconceito há alguns anos”.

A interpretação de Susan Beverly, do Rio de Janeiro, é semelhante. “É uma forma de reverberar liberdade e subjetividade individual”, diz.

“Meu trabalho tem a ver com o meu processo de me entender como pessoa que pode, sim, ser e existir fora dessa prisão cis-heteronormativa. Poder ajudar mis amigues em seus processos é o que me dá forças para continuar sendo e fazendo. Percebo que a galera senta na minha cadeira buscando exatamente esse reconhecimento com elus mesmes, esse encontro com sua própria, única e coloridíssima beleza, sem dar a mínima importância às normas aprisionadoras cristãs e brancas”, finaliza Susan.

 

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punx not dead ☠️🌈🤸‍♀️ . obrigad @marcia_vieira2525 🤘🖤

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