Conheça as empresas de cashback, que devolvem parte do seu dinheiro

Brasileiro gosta mesmo é de promoção, mas já pensou em fazer compras e ganhar uma parcela do dinheiro de volta? Essa é a ideia dos aplicativos de cashback. Muito comuns nos Estados Unidos e na Europa, as empresas estão em terras brasileiras há mais de cinco anos, mas só agora ganham o coração — e o bolso — do consumidor com a promessa de pagar pela compra.

Os sites e aplicativos funcionam como um programa de fidelidade: uma vez inscrito, o cliente entra no e-commerce ou nas lojas que têm parceria com a empresa e faz a compra. Dependendo do acordo entre o cashback e a loja on-line, o consumidor recebe de volta uma porcentagem do valor do produto. Algumas marcas permitem o saque e outras disponibilizam o dinheiro para resgate em lojas cadastradas.

O valor do reembolso nada tem a ver com o preço do produto. Os lojistas contratam as cashbacks com uma verba de publicidade, e parte desse dinheiro é revertido ao consumidor. “A vantagem para a loja é que não precisa dar desconto. Nós criamos uma necessidade de compra, um imediatismo para o cliente. Muita gente entra no site para ver o que está com maior retorno e acaba comprando”, explica Malu Tolentino, head do comercial do Méliuz, empresa pioneira no sistema de cashback no Brasil.

De acordo com uma pesquisa do Méliuz divulgada para a Black Friday, 64% dos consumidores têm o valor do produto como fator mais importante na hora de decidir onde comprar. 30% afirmam que frete grátis, dinheiro de volta, cupons de desconto e promoções exclusivas são determinantes para gastar. Por isso, o cashback é tão interessante: é uma forma de poupar. Nos dias de promoção, inclusive, o serviço fica ainda mais atraente, já que o reembolso se une a um desconto real no valor da mercadoria.

Segundo a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o sistema é um benefício para o consumidor, mas é importante prestar atenção nas condições e prazos de cada um dos cashbacks para escolher o que melhor se encaixa nas necessidades individuais.

“Algumas empresas têm um valor mínimo para a devolução e precisam de tempo para fazê-lo. Tudo precisa estar claro para o cliente, inclusive a política de privacidade”, afirma a economista. Outro alerta é quanto aos preços: é preciso ficar atento para não acabar pagando mais caro no produto só pela ansiedade de receber o dinheiro de volta. Ione aconselha fazer uma pesquisa de mercado para garantir o melhor valor.

Conheça as opções:

Méliuz 
Ativa desde 2011, a empresa é uma das pioneiras do sistema de cashback no Brasil. Apesar de ter começado recentemente uma operação com comércios físicos, o carro-chefe continua sendo o e-commerce. A ideia é que o cliente entre no site e, por meio dele, encontre uma das lojas parceiras. É possível também baixar uma extensão para os navegadores online que avisa quando o estabelecimento é associada e ativa o reembolso.

A operação tem duas mil lojas na rede referenciada, entre elas, algumas gigantes como Shoptime, Casas Bahia, Netshoes, Sephora, Walmart, Uber, Submarino, Saraiva, Zattini, Extra, Boticário, Carrefour, Hoteis.com, Americanas, Ricardo Eletro, Ponto Frio, Centauro, Amazon e Renner. O site também tem uma aba chamada Super Cashback, que elenca alguns dos produtos com maior porcentagem de retorno do dia. Após a compra, o cliente receberá a devolução em um fundo no Méliuz e pode transferir para sua própria conta bancária, para gastar como quiser, a partir de R$ 20.

A novidade é a possibilidade de retorno para compras ao vivo. Em Brasília, por enquanto, apenas a rede de drogarias Droga Fuji faz o retorno. Os usuários podem receber pelo menos 0,5% do valor gasto, e produtos específicos podem estar com porcentagem de retorno maior – até 75% do valor original. Nesse caso, é preciso se identificar como participante do Méliuz e digitar o número do celular em uma máquina.

BeBlue
O sistema de cashback da empresa funciona apenas em lojas físicas e de forma diferente: é preciso baixar um aplicativo no celular (disponível para Android e iOS), que olha a localização do usuário e mostra as empresas parceiras mais próximas, além da porcentagem de devolução de cada uma. Tem posto de gasolina, mercados, drogarias, restaurantes… O consumidor deve se identificar como assinante e digitar o CPF.

Na BeBlue, entretanto, o dinheiro não vai para a conta do cliente. Só é possível gastá-lo na rede de lojas credenciadas.

Poup
O dinheiro do cashback da empresa vem por uma comissão a cada venda. É essa renda que é dividida com o cliente. Americanas, Casas Bahia, Dafiti, Época Cosméticos, Extra, Fnac, Livraria Cultura, Magazine Luiza, Netshoes, Ponto Frio, Ricardo Eletro, Avianca, Azul, Saraiva, Shoptime, Submarino e Walmart são algumas das lojas parceiras. Assim que o usuário acumula R$ 30, pode solicitar a transferência para sua conta bancária ou Paypal. É preciso se cadastrar no site e clicar na loja escolhida para ser redirecionado e ter acesso ao reembolso.

Mooba
No ar desde 2014, a empresa faz parte do grupo Reclame Aqui, e só faz parcerias com empresas bem avaliadas no site. É possível baixar um plugin chamado Economizador. Ele avisa quando o cliente entra em uma página associada. Para incentivar a divulgação boca a boca, o consumidor pode indicar um amigo para participar do Mooba — se o convite for aceito, o comprador já ganha R$ 5. A cada compra que o amigo fizer, mais 5% para quem chamou.

Na lista de lojas parceiras, empresas com reputação “ótima”: Netshoes, Submarino, Zattini, Americanas, Shoptime, Natura e Ricardo Eletro, por exemplo.

Cashola
A empresa oferece vouchers promocionais para que o cliente insira na hora da compra. Quando a companhia é notificada da transação, divide a comissão com o consumidor. É preciso esperar de 30 a 90 dias pelo resgate em conta bancária, Paypal ou cartão-presente. Cada convite aceito por um amigo credita automaticamente R$ 5 na conta do usuário.

Entre as lojas parceiras estão Clickbus, Evino, LATAM, Shop2gether, C&A, Amazon Brasil, Vivara, Ponto Frio, Renner, Decolar, The Beauty Box e Casas Bahia.