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Conheça a brasiliense pioneira em “sereísmo” no DF

Lina Oliveira, 16 anos, deixou os cabelos crescerem, fez a própria cauda e afirma ter uma relação especial com a natureza. “Não é apenas um hobby, é um estado de espírito”, diz

atualizado

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1 de 1 sereismo - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Aline Oliveira tem 16 anos, é estudante do ensino médio e faz natação desde pequena. Seria uma brasiliense comum, se não fosse um detalhe: Aline se dedica a um estilo de vida bem diferente: o sereísmo. Em novembro de 2015, a jovem conheceu um grupo no Facebook que falava sobre o movimento e se apaixonou pela ideia.

“É um comportamento de sereia: ter os cabelos longos, se preocupar com a natureza e os animais marítimos. Uso também acessórios no cabelo, como conchas”, ela explica, contando que seu nome de sereia é Lina. Não há exigências ou pré-requisitos para participar do grupo. Basta se adaptar ao estilo de vida proposto pelas sereias.

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Conheça o estilo de vida “sereísmo”

Lina se inspirou em outra brasileira e quer seguir uma carreira profissional na área. Mirella Ferraz, de São Paulo, foi a primeira do país a se tornar uma sereia “oficialmente”. Para chegar neste nível, é preciso ter feito curso de apneia (técnica de suspensão voluntária da respiração), mergulho e, claro, ter uma cauda. A dica para as iniciantes, segundo Lina, é fazer uma cauda de tecido neoprene. Embaixo dela, há uma dupla de pés de pato para formar a barbatana.

“Minha cauda não pesa muito porque é de neoprene, então consigo nadar com mais facilidade”, explica Lina. Ela mesma confeccionou o acessório, que custou cerca de R$ 300. A brasiliense promove seu estilo de vida em um canal no Youtube. “Eu gosto de dar dicas de penteado, maquiagem, customização de cauda, essas coisas”, conta.

Neste ano, ela experimentou nadar no mar com sua cauda, em Florianópolis. Seu noivo, maior incentivador da ideia, foi quem a ajudou a realizar esse sonho. “Foi incrível, pois eu nunca tinha visto o mar antes e, na primeira vez, já pude nadar como uma sereia”, recorda. Lina chama seu noivo de “o carregador da sereia”, já que ele realmente precisa carregá-la até a água.

https://youtu.be/iARBqPg4Ma0

 

Cura para depressão
A jovem sofria de depressão até conhecer o sereísmo. Sem piscina em casa, ela treina em um clube perto de casa, em Ceilândia. “Acredito nos meus sonhos e me esforço para realizá-los. Quero me vestir e viver como uma sereia. O mais gratificante é a magia intensa que mostramos às crianças. Não é apenas um hobby. É um estado de espírito.”

Eu acredito que sou sereia. Para mim, sereísmo tem a ver com tornar sonhos realidade, acreditar em uma fantasia. Eu encontrei um motivo para viver

Lina Oliveira

 

Giovanna Bembom/Metrópoles

 

Ela pratica o nado em cachoeiras, lagos e córregos de Brasília. “Quero fazer apresentações e, futuramente, dar aulas de sereísmo”, explica. Ela planeja ter um grupo de sereias no Distrito Federal.

Quando terminar o ensino médio, Lina quer estudar fotografia ou medicina. “Infelizmente ainda não vivo de ser sereia, preciso fazer outra coisa. A vida fora desta realidade continua”, diz.

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