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Conheça 14 sinais dados por crianças vítimas de violência sexual

No Dia Internacional da Menina (11/10), o Metrópoles conversou com a Childhood Brasil e elencou sinais que elas dão em contexto de violência

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1 de 1 criança - violência sexual - estupro - - Foto: Getty Images

Ainda que elas não falem ou supostamente não entendam, todas as crianças dão sinais de que algo está incomodando. No Dia Internacional da Menina, comemorado nesta terça-feira (11/10), o Metrópoles preparou um guia para pais e responsáveis se atentarem aos possíveis sinais a serem manifestados em caso de violência sexual.

De acordo com a Declaração dos Direitos da Criança, “a criança, em virtude de sua falta maturidade física e mental, necessita de proteção e cuidados especiais, inclusive a devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento”. A realidade para elas, contudo, é de desigualdade e vulnerabilidade.

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A maioria não sabe externalizar pelo o que está passando e acaba se calando
O Metrópoles conversou com uma especialista que elencou 14 sinais que elas dão quando estão passando por contexto de violência doméstica
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Crianças são alvo de mais da metade dos casos de estupro no Brasil

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A maioria não sabe externalizar pelo o que está passando e acaba se calando

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O Metrópoles conversou com uma especialista que elencou 14 sinais que elas dão quando estão passando por contexto de violência doméstica

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Segundos dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, dos quase 50 mil boletins de ocorrência registrados como estupro de vulnerável, em 2021, mais da metade tinham crianças de até 13 anos como vítimas. Aquelas com idade entre 5 e 13 anos são os maiores alvos desse crime e representam 50,8% das queixas.

“Abuso sexual infantil é a violência que se caracteriza pelo uso da criança ou adolescente para satisfazer sexualmente uma ou mais pessoas mais velhas”, explica Eva Dengler, gerente de programas e relações empresariais da Childhood Brasil.

Segundo a especialista, essa situação sempre envolve uma dinâmica de relação de poder que o adulto tem sobre a criança.

Essa relação de poder se apresenta dentro da hierarquia familiar: quando o abusador é o pai, mãe, tio ou avô da vítima, por exemplo; e a intimidação, quando o adulto ameaça o menor com a morte de algum parente, como a mãe ou irmão mais novo.

Veja a entrevista completa com Eva Dengler: 

 

Alvos “fáceis”, as crianças mais novas tendem a não saber do que trata uma violência sexual e, por isso, não conseguem externalizar o que estão passando:

“Também é preciso considerar que a maioria desses abusos acontece em um cenário intrafamiliar, ou seja, parte de alguém em quem essa criança confia e acredita. Portanto, esse se torna mais um motivo para ela não falar sobre pelo o que tem passado”, revela.

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Ainda que não saibam comunicar um abuso, as crianças apresentam sinais comportamentais que apontam para possíveis contextos de violência sexual

Elas falam

Ainda que a maioria não entenda e não saiba comunicar os abusos, elas dão sinais do que estão passando. Dengler elenca uma série de indícios dados por crianças vítimas de violência sexual e ressalta que a maioria parte de mudanças comportamentais:

“Elas apresentam mudanças em seu comportamento. Muitas vezes, de forma abrupta e que podem ser percebidos pelos pais e professores. É importante prestar atenção nessas mudanças e não ignorá-los”, pondera.

Veja sinais dados por elas

  1. Mudança comportamental;
  2. Alteração de humor;
  3. Vergonha excessiva;
  4. Relatos de medo constante;
  5. Proximidade excessiva com o abusador;
  6. Comportamento infantilizado repentino;
  7. Silêncio predominante;
  8. Mudanças de hábitos (insônia, problemas com concentração e medo de dormir sozinha, por exemplo);
  9. Mudança na forma de se vestir;
  10. Interesse e início de brincadeiras de cunho sexual;
  11. Palavras ou desenhos de cunho sexual;
  12. Traumas físicos;
  13. Enfermidades psicossomáticas sem motivo aparente (dores de cabeça constante, vômitos, diarreia, feridas na pele, por exemplo);
  14. Mudança nos relacionamentos com amigos e colegas.

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