Casal de lésbicas engravida simultaneamente do mesmo doador de esperma
Kat Buhanan e Taryn Cumming encontraram o doador no Facebook e, após algumas tentativas, engravidaram. Os bebês devem nascer ao mesmo tempo
atualizado
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Ter filhos sempre fez parte dos planos de Kat Buhanan, 33 anos, e sua esposa, Taryn Cumming, de 31. No entanto, a ideia era aguardar pelo menos até o final de 2020 para realizar esse sonho. O planejamento teve de ser repensado quando elas foram alertadas por um médico que os níveis de fertilidade de ambas estavam abaixando.
Diante da notícia e dos altos custos de uma fertilização in vitro para lésbicas na Nova Zelândia, onde Kat e Taryn vivem, elas resolveram procurar outra forma de engravidar.
“A fertilização in vitro é muito cara aqui. Um casal hétero pode tentar engravidar em casa e, se não for bem-sucedido após um ano, se qualifica para a fertilização in vitro financiada pelo governo. Para lésbicas, isso não conta. Teríamos que fazer pelo menos seis inseminações intra-uterinas em uma clínica antes de nos qualificarmos”, explicou Tary ao Daily Mail.
No país, o procedimento in vitro custa em torno de US$ 10.000, o equivalente a R$ 58 mil. Já a inseminação intra-uterina, quando o esperma é injetado no útero por um cateter, cerca de US$ 1.700, ou R$ 9 mil.
A solução para fugir da burocracia e aumentar as chances foi buscar um doador voluntário no Facebook, que cedeu esperma para inseminar as duas.
“Conhecemos o histórico médico dele, bem como o histórico familiar. Ele faz exames de DST e seu esperma foi analisado. Além disso, temos um contrato em vigor para ele e nossa proteção”.
A ideia deu tão certo que, após algumas tentativas, ambas acabaram engravidando ao mesmo tempo. A fertilização ocorreu com 12 dias de diferença, mas, segundo médicos que realizam o pré-natal, é muito provável que os bebês venham ao mundo simultaneamente por causa da troca hormonal entre as mulheres. “O médico disse que tinha mais chances de ganhar na loteria do que engravidar ao mesmo tempo”, afirmou Tary.
Até o momento, elas ainda não sabem o sexo dos bebês, mas já têm quatro nomes escolhidos – Luca e Nate para meninos e Piper e Blake para meninas.
Experiência compartilhada nas redes sociais
Para compartilhar as dores e delícias de estarem gestantes juntas e também inspirar outros casais lésbicos, ela e Kat lançaram um canal no YouTube e uma conta no Instagram. “Nós achamos que tudo isso é realmente único e, com todas as perguntas que recebemos, decidimos que era uma boa ideia escrever sobre o assunto.”
“Dessa forma, posso contar às mulheres sobre a nossa experiência com inseminação artificial, como fizemos, quais ferramentas usamos, como encontrar um doador e que perguntas fazer ao seu doador. Adoro ajudar as pessoas”, concluiu Tary.