Blogueira brasiliense faz relato e posta fotos do seu parto domiciliar
Com 300 mil acessos mensais, Luíza Diener e o marido Hilan resolveram compartilhar com seus seguidores a experiência que tiveram
atualizado
Compartilhar notícia
Você com certeza já ouviu falar do casal Luíza e Hilan Diener. Eles viraram notícia há seis meses após postarem um vídeo irreverente e bem humorado para revelar que esperavam o terceiro bebê. Em 1° de março, a tão anunciada pão no forno nasceu. Ela se chama Guadalupe e vem fazer companhia para os irmãos Benjamin, 5 anos, e Constança, 2 anos. Como de costume, o casal relatou e mostrou todos os detalhes — todos mesmo — do parto domiciliar.
Eles estão acostumados a dividir no espaço virtual as experiências familiares no blog Potencial Gestante, que conta com 300 mil acessos mensais, e a página no Facebook, com 85 mil curtidas, que trata sobre maternidade, paternidade, gestação e filhos. Os partos sempre ganham destaque nos posts e não foi diferente com a chegada da pequena Guadalupe.
Na publicação, a blogueira confessa o receio de ser um alarme falso e de alertar familiares, parteiras e fotógrafa em vão. Detalha a noite mal dormida, os minutos das contrações, a dor de barriga e a diarreia que sentiu no exato momento em que estava em trabalho de parto, as dores fortes e a vontade de tudo aquilo passar logo, a importância da banqueta de parto, o cansaço, a emoção de sentir o bebe saindo, de descobrir o sexo (eles preferiram não saber até o momento do nascimento), de segurar Guadalupe pela primeira vez.
“Coloquei a mão na entrada da vagina e senti algo. Era a bolsa! O bebê já estava na portinha. Era quase 10 da manhã. A parteira chegou com um espelho, eu sentei na banqueta do parto e pudemos ver: o bebê está em pérola! Tá dentro da bolsa, fazendo uma bolinha logo na saída. E tá vindo!”, escreveu Luíza no blog.
O relato é sincero, verdadeiro em todos os sentidos e cheio de amor.
O Metrópoles conversou com a Luíza Diener para saber mais sobre a experiência vivida durante o parto.
O seu primeiro parto foi normal e feito no hospital. O segundo e o terceiro foram partos domiciliares. Existiu alguma diferença entre os dois últimos partos?
Eu achava que quanto mais experiência você tem, mais você sabe. Os três partos foram bem diferentes, na verdade. O parto da Guadalupe foi o mais demorado dos três e apesar de saber o que me esperava, muitas coisas foram se desdobrando de uma forma diferente. Foi o parto em que mais tive medo, que mais senti dor e que estava mais apreensiva, mas na hora que ela estava nascendo senti uma tranquilidade grande, uma plenitude muito grande, uma certeza que estava indo muito bem. Quando ela finalmente nasceu me senti plena. Foi onde me senti mais plena dos três partos.
Você e o seu marido, Hilan, resolveram compartilhar tudo mesmo com os seguidores. Além de descrever o parto com detalhes, vocês publicaram fotos de todo os momentos. Vocês têm algum objetivo de incentivar as mulheres que acompanham o blog ou só quiseram compartilhar algo pessoal mesmo?
É engraçado, porque assim, no meu parto anterior além de fotos e relatos eu compartilhei um vídeo também. Eu só queria relatar mesmo, como tinha feito com o primeiro. Mas, percebi que alcancei e mudei a perspectiva das pessoas sobre o parto domiciliar. Então, dessa vez foi mais consciente mesmo, sabendo que poderia alcançar essas pessoas. Ainda não estava pronta para fazer um relato e sei que isso foi um fator decisivo para as pessoas que tinham dúvidas. Para desmistificar essa história de parto de novela, de seriado, de filmes, que são sempre caóticos e exagerados. Queria mostrar que é tão simples como algumas coisas que fazemos no dia a dia. É uma naturalidade muito grande e trazer essa realidade com fotos mostra que isso é normal.
E qual é a repercussão desse post? Que tipo de feedback você recebe dos leitores?
Até agora só feedback positivo, graças a Deus. As pessoas contam que passaram por essa experiência, que planejam passar, que não têm coragem, ou que admiram, que desejam isso para o futuro. A reação geralmente é de admiração, não por mim, mas pela simplicidade que é um parto, um nascimento. As pessoas admiram.