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Bebê é retirada de útero, operada e colocada de volta por mais 3 meses

Lynlee Boemer foi diagnosticada com tumor na coluna quando ainda era apenas um feto. Por isso, ela nasceu duas vezes

atualizado

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Paul V. Kuntz/ Texas Children’s Hospital
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1 de 1 boemers4 - Foto: Paul V. Kuntz/ Texas Children’s Hospital

A pequena Lynlee Boemer poderá contar que nasceu duas vezes, literalmente. A pequena é de Lewisville, Texas, nos EUA, e foi diagnosticada com um tumor na coluna quando ainda estava na barriga de sua mãe, na 16ª semana de gestação. Então, pesando 530 gramas, ela foi retirada do útero da mãe, Margaret Boemer, por cerca de 20 minutos para passar por uma cirurgia.

O tumor, conhecido como teratoma sacrococcígeo, disputava pelo sangue com o feto, aumentando o risco do bebê ter falência cardíaca. O tumor e a pequena Lynlee tinham quase o mesmo tamanho quando a operação foi realizada, na 23ª semana de gestação.

Margaret na verdade esperava gêmeos, mas perdeu um dos bebês ainda no primeiro trimestre da gravidez. Em seguida, a segunda má notícia (o tumor do segundo filho) fez com que os médicos recomendassem um aborto.

Após muita pesquisa veio uma solução arriscada. Uma cirurgia que dava ao neném 50% de chances de sobreviver. “A escolha era entre deixar o tumor fazer o coração dela parar ou dar a ela uma chance de vida. Foi uma decisão fácil: escolhemos dar vida a ela”, disse Margaret.

Segundo o médico que fez parte da equipe que operou Lynlee no Hospital Infantil do Texas, Dr. Darrel Cass, o tumor de Lynlee era tão grande que foi necessária uma incisão “enorme” para retirá-lo. Em dado momento, o coração da bebê parou de funcionar e um especialista a manteve viva enquanto a maioria do tumor era retirado.

Ao fim do procedimento, ela foi colocada de volta no útero de sua mãe, que precisou passar 12 semanas em total repouso. Lynlee “nasceu de novo” em 6 de junho, por meio de uma cesariana.

Ela veio ao mundo saudável e pesando 2,4 kg. O nome, Lynlee, é uma homenagem às suas avós.
Aos oito dias de vida, teve de ser operada de novo para remover o restante do tumor de seu cóccix.

Passado o susto, a pequena guerreira se recupera bem.

Paul V. Kuntz/ Texas Children's Hospital
Margaret Boemer e suas três meninas

 

A doença
O teratoma sacrococcígeo é o tipo mais comum de tumor encontrado em bebês. Ainda assim é bastante raro, sendo registrado em um a cada 30 mil a 70 mil nascimentos. Sua causa é desconhecida. O problema é quatro vezes mais comum em meninas que em meninos.

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