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Atriz Rachel Ripani revela que foi vítima de quatro estupros

Para discutir a difícil realidade da violência contra a mulher, a revista Marie Claire vai publicar por 33 dias histórias de abusos sofridos por mulheres anônimas e famosas

atualizado

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Rachel-Ripani
1 de 1 Rachel-Ripani - Foto: Divulgação

Este mês, para “chamar atenção para essa dolorosa e frequente realidade” do estupro a revista Marie Claire publicará em seu site um relato de assédio por dia. Ao todo serão 33 casos — o mesmo número de homens que estupraram a menina de 16 anos no Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira (7/6), foi a vez da atriz Rachel Ripani, 40 anos, contar os abusos que sofreu durante a vida. Sim, ela foi vítima de mais de um. Ao todo foram quatro vindo de parentes e pessoas próximas à família, durante a infância, e também de desconhecidos, já na juventude. Confira alguns trechos do relato de Rachel:

“A primeira vez eu tinha sete anos. Com a minha família na sala, um primo de 19 anos recém saído do Exército me pediu para ver meu quarto novo. Chegando lá, ele me empurrou sobre a cama, me segurou, baixou minha calcinha e me chupou. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo, a sensação horrorosa de que tinha algo muito errado, ele tapando minha boca, eu imobilizada”, conta.

“Eu tinha 10 anos. Estava praia com uma amiga dentro do elevador e um grupo de rapazes de 18 e 19 anos entrou e começou a fazer brincadeiras com a gente. Começamos a rir e quando o elevador parou no andar que eles estavam, nos puxou para fora. Vieram cinco para cima de mim e fui carregada. Eles me colocaram para dentro do apartamento e eu peguei uma vassoura para tentar me defender mas eles faziam piadas obscenas: ‘sabe o que a gente vai fazer agora com você?…”.

“A terceira durou uns dois anos, durante férias de julho e dezembro, em uma casa no interior onde um grupo de amigos passava as férias. Foi no período entre meus 11 e 13 anos até eu contar para minha família. Era um amigo do meu pai. Quando eu estava na piscina, ele mergulhou e passou por baixo de mim colocando a mão na minha genitália, como se não tivesse feito nada. E eu não entendia aquilo porque era muito nova. Toda vez que íamos para o sítio e ele estava, algo acontecia”.

“A quarta vez foi com 21 anos. Foi no fim da tarde, eu estava patinando no Parque da Aclimação, São Paulo… Um homem trombou em mim nós dois caímos no chão. Me levantei e saí correndo aí ele começou a gritar dizendo que eu o havia machucado. Parei e fui socorrê-lo.  Ele me pegou pelo pescoço, me arrastou até a uma árvore. Tinha uma faca e esperou anoitecer para me estuprar. Lutei muito. Ele me asfixiava, eu desmaiava, ele esperava eu acordar para continuar. Foram quatro horas de luta. Ele fazia tanta força na minha boca para ficar fechada que depois tive que costurar minha língua, fiquei toda machucada…”.

Confira o relato completo na Marie Claire.

 

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