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Atenção: Momo é novo desafio que incita violência e preocupa pais

Os adolescentes são induzidos a entrar em contato com números misteriosos através do WhatsApp

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1 de 1 momo-instigou-suicidio-de-menina-argentina-desafio-viral-pode-estar-tomando-outro-rumo - Foto: Reprodução

Se você tem filhos adolescentes, fique de olho. A nova febre entre os mais novos, depois do Desafio da Baleia Azul, é mandar mensagens para a Momo, uma “demônia” que atende pelo WhatsApp. O jogo começou no Facebook e desafiava os usuários a entrar em contato com a entidade, mas tem preocupado por incitar violência e intimidar quem está do outro lado da tela.

Alguns jovens afirmaram terem recebido ameaças de Momo e disseram que ela sabia informações pessoais deles. Até agora, os relatos publicados afirmam que a demônia atende números diferentes, e o original tinha código do Japão. Também foram identificados DDDs da Colômbia e do México. A imagem atribuída a Momo é uma artista japonesa que não tem nada a ver com o jogo.

A BBC News investigou o caso e falou com o representante da Safernet Rodrigo Nejm. Ele avaliou o desafio como uma isca para roubar dados e extorquir os adolescentes. Apesar das informações reunidas por alguns portais, ninguém sabe ao certo o que a Momo quer ou qual dano ela pode causar.

Policiais argentinos acreditam que o jogo pode ter influenciado uma garota de 12 anos a cometer suicídio. A guarda espanhola chamou o desafio de absurdo e está preocupada com as consequências.

Os jogos vão continuar aparecendo nas redes sociais e vão ser gatilhos”, avalia a psicóloga especializada em adolescentes Renata Lott. “Os pais devem falar de forma aberta com os filhos, não perguntar se eles estão recebendo, mas entender a opinião deles. O mais indicado é não querer ser muito autoritário e perguntar ao adolescente se ele conhece alguém que esteja precisando de ajuda. Demonstrar, de coração, que sempre está lá para ele”, afirma.

A psicóloga clínica Geane Santos aconselha que a conversa entre responsáveis e adolescentes seja rotina, não exceção. “Sempre oriento os pais a abordarem seus filhos de maneira clara e objetiva. Não podemos acreditar que as crianças e adolescentes não são capazes de entender.”

As profissionais alertam ainda para os seguintes sinais: isolamento, mudança de comportamento e tristeza. “Existe aquilo de ‘adolescente fica trancado no quarto, sempre está com um novo humor’. Mas eles não ficam tristes toda hora: se [a condição] passar de dois dias, já é preocupante. Se passar de uma semana, é preciso procurar ajuda médica”, reforça Renata.

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