4 paqueras antigas que hoje são consideradas bizarras
Por que carros de mensagem e pedir telefone do nada são coisas que muita gente costumava fazer — e não faz mais
atualizado
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Basta questionar qualquer pessoa acima dos 40 para perceber que o modus operandi de uma conquista tomou rumos bem diferentes com o passar dos anos. Com o boom das redes sociais facilitando o “encontro” dos apaixonados, atualmente é bem mais fácil cativar aquele broto — que, por sinal, agora tem um novo nome: chama-se “crush”.
No entanto, o “romantismo” do passado tinha requintes de psicose e cafonice que muita gente não dá a devida atenção — ou simplesmente atribui isso a tempos menos conturbados. Fizemos, então, um paralelo entre os diversos tipos de xavecos do passado e como você pode se reinventar para paquerar com todas as ferramentas modernas. Afinal, solos de guitarra não vão te conquistar.
“Me dá seu telefone” agora é “Like no Instagram”
Não é segredo para ninguém que, para conhecer aquele gato ou gata, você teria de ter culhões, se levantar e pedir o número de telefone. Foi dessa maneira que muita gente encontrou seu amor em uma lanchonete, numa loja de discos, numa Pernambucanas ou até na Mesbla.
Atualmente, se alguém chega do nada pedindo seu telefone enquanto você está comprando chocolates, seu primeiro instinto seria declinar o pedido e sair com medo do shopping, olhando para trás e acreditando piamente estar sendo vítima de um psicopata.
Muito mais moderno, no entanto, é descobrir o nome do crush, procurar no Instagram e dar aquele coraçãozinho que estamos muito familiarizados. O melhor de tudo é que na rede social você pode saber um pouco como ele se comporta, o que faz no tempo livre, se gosta de cachorros e se tem todos os dentes.
Onde havia freegels agora tem emoji
No passado, embalagens de balinhas e chocolates poderiam te ajudar muito na hora da conquista. Há quem diga que dar um nó no papel da balinha e entregar para a pessoa amada era o segredo para dar ou ganhar uns beijinhos.
A mesma coisa acontecia quando a pessoa recebia um “Serenata de Amor” e colava a embalagem no seu diário — sim, parecendo o terrorista que queria matar a Whitney Houston no filme “O Guarda-Costas”.
No entanto, a psicose continuava nas figurinhas da bala Freegels (reparem nas frases do pinguim obcecado e tarado) e em alguns comerciais, como o do bombom “Sonho de Valsa” (a moça fica rindo de um sociopata).
Hoje, o que nos restaram foram os emojis no WhatsApp. Depois de ter a coragem de pedir o telefone no Instagram, é hora de colocar as carinhas amarelas certas no momento apropriado. Não quer aparentar desespero, então, nada de emoji com beijinho de coração nas primeiras conversas. Você seria o pinguim da freegels do século 21.
Mensagens ao vivo X Mensagens no mural do Face
Papéis de carta, telemensagens, faixas espalhadas pelo bairro, carros com locução eram todo o aparato de comunicação que você precisava para ganhar o coração da paquera. Enquanto um papel de carta poderia custar apenas 10 centavos, o preço da mensagem automotiva poderia ser mais cara de acordo com a quantidade de fogos de artifício que seriam usados no final.
Hoje, tudo é mais simples e mais barato. Basta copiar um verso bonito de alguns caras como Vinicius de Morais ou Fernando Pessoa e colar a mensagem no mural do Facebook. Fácil, prático, de graça e sem música instrumental do Kenny G. ao fundo. Mas tendo a mesma repercussão pública e os comentários fofos das tias inconvenientes.
Drinks na mesa é o novo Tinder
A cortesia de pagar um drink também ganhou ares de desconfiança na contemporaneidade. Antigamente era normal alguém pagar uma Sukita para o crush dentro de uma danceteria, mas o mundo não é Jagatá e você não é a Sandy. Há perigo na esquina, garota. E alguns deles vêm com um boa noite cinderela pronto pra jogar na sua catuaba.
Mesmo com a ajuda no Tinder, o recado continua valendo. Apesar de você ter malhado o dedinho na busca de um parceiro(a), boys magia negra existem em qualquer lugar e vale o ditado: quem vê cara não vê asfixia por travesseiro. Fica a dica: um olho no gato e o outro no drink.