Colchão embalado a vácuo: entenda a tecnologia que promete praticidade
Com combinação de espumas, opções no mercado são prensadas para facilitar o transporte do produto
atualizado
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A escolha do colchão faz toda diferença para boas noites de sono, que proporcionam bem-estar e qualidade de vida. Contudo, ao comprar uma opção nova, principalmente para quem mora em apartamento, uma das principais dificuldades é o ato de carregar e acomodar o objeto na cama. Para facilitar o transporte do item, atualmente, há opções embaladas a vácuo que prometem mais praticidade.
Prensado, o produto é reduzido a um quinto do tamanho original e chega dentro de uma pequena caixa. Ao ser aberto, parece mágica: expande e é transformado em um colchão aparentemente como qualquer outro. Empresas do segmento e especialistas explicam que, no dia a dia, o item pode proporcionar os mesmos benefícios de modelos tradicionais.
Enquanto dormem, especialmente com um sono de qualidade, os seres humanos conseguem relaxar a musculatura, que trabalha e fica tensionada durante a rotina. No sono, são realizadas algumas funções hormonais exclusivas, em que é processada parte significativa das informações aprendidas e executadas ao longo do dia. É o que explica o neurocirurgião Henrique Lira, especialista em coluna.
“Quando não há uma qualidade adequada no sono, o indivíduo está sujeito a ter disfunções de diversas naturezas, ao longo do dia e ao longo da vida”, aponta o médico. “A boa escolha de um colchão e de um travesseiro de qualidade faz parte desse processo. O colchão precisa ser escolhido conforme o nível de conforto, mas especialmente para prevenção de agravos quando o paciente tem algum fator de risco ou vulnerabilidade na coluna, seja cervical, torácica ou lombar”, completa.
Segundo o especialista, o tipo mais adequado de colchão deve ser avaliado individualmente, a partir das demandas específicas de cada pessoa, como fatores de risco, vulnerabilidade da coluna vertebral e até gosto particular. “Existem pacientes que têm mais benefícios com colchão de mola ensacada, outros se beneficiam com um colchão mais duro, de espuma, especialmente pessoas com alguma demanda de realinhamento postural ou algum tipo de patologia prévia da coluna”, explica Lira.
Para uma escolha assertiva, uma avaliação com um especialista em coluna é essencial, para que se encontre, por meio de uma análise cuidadosa, fatores de risco, relacionados ao peso, à estatura do paciente e à densidade do colchão. “Metas de alcance são avaliadas no consultório médico e com especialistas que vendem os colchões e sabem qual produto estão vendendo”, ressalta.
Colchão embalado a vácuo
Desenvolvidos com alta tecnologia, os colchões passam por um processo de compressão. “Primeiro, o colchão que vai ser enrolado é colocado em um saco plástico bem resistente. Em seguida, passa por uma prensa tecnológica que o comprime. Depois de ser comprimido, o produto é embalado a vácuo”, detalha o site da marca Guldi.
Além da facilidade no manuseio, as empresas do segmento prometem qualidade, funcionalidade e durabilidade. De acordo com fabricantes, a depender do modelo, há inclusive estruturas com multicamadas que distribuem o peso do corpo igualmente e aliviam as zonas de tensão.
No entanto, os benefícios em relação ao conforto não se devem ao fato de o colchão ser embalado a vácuo. “Não oferece superioridade do ponto de vista ergonômico”, assegura o médico Henrique Lira. O que o consumidor pode levar em consideração é: o fato de ser compactado não compromete o desempenho do produto.
Há uma série de fatores que podem ser combinados e resultam em um item de qualidade. Diferentes critérios podem ser considerados na hora da compra. Entre eles, a versatilidade da peça e o impacto no meio ambiente.
Caio Abiber, country manager da Emma Colchões no Brasil, assegura que a versão embalada a vácuo é mais sustentável. “Acreditamos que para muitos clientes, a experiência de transportar um colchão inteiro, já aberto, é bem menos prática do que a nossa caixa. Em resumo, o colchão na caixa é bom para o planeta e para nossos clientes. E o processo tecnológico de embalagem a vácuo nos permite manter uma qualidade muito alta no produto e oferecer 10 anos de garantia”, destaca.
O executivo da Emma Colchões garante que o colchão a vácuo proporciona uma experiência diferenciada não apenas ao consumidor, mas a toda a cadeia de colchões. Otimiza o espaço ocupado em caminhões, por exemplo. Dessa forma, diminui o número de viagens necessárias para entregas.
“Esse tipo de produto possui os mesmos benefícios que os de um colchão tradicional, resultado de muito estudo e tecnologia embarcada. Contudo, proporciona uma experiência única de unboxing para o consumidor final, sem contar a facilidade de transporte oferecida, com impacto positivo para fabricantes e transportadoras”, acrescenta Abiber.
Outra vantagem pode ser a higiene para quem sofre de alergias respiratórias. “O colchão enrolado passa por um tratamento antibacteriano e ainda fica isolado de agentes externos na embalagem, como ácaros, bactérias e poeiras. Isso faz com que ele seja ideal para pessoas que sofrem de rinite e sinusite. Afinal, o produto não vem com nenhum elemento que pode provocar a alergia nelas”, indica a Guldi.
Conheça algumas marcas que oferecem colchões embalados a vácuo:
Emma Colchões
Fundada em 2015, na Alemanha, a Emma Colchões é uma das pioneiras no segmento de colchões embalados a vácuo. Segundo a empresa, a espuma patenteada Airgocell® garante sensação de conforto e frescor. Já a espuma de memória adaptável (também conhecida como espuma da Nasa) distribui a pressão, enquanto a espuma de suporte tem a função sustentar a lombar.
O Emma Original, carro-chefe da label, promete adaptação perfeita ao corpo, além de bloqueio de movimento. A depender do tamanho, de solteiro a king size, o colchão custa entre R$5.599 e R$10.999. A empresa oferece a possibilidade de testar o produto durante 100 noites e devolvê-lo em caso de insatisfação.
Globalmente, a Emma acumula mais de 75 prêmios. “No Brasil, em 2022, a companhia foi reconhecida pela Proteste [Associação Brasileira de Defesa do Consumidor] como tendo o melhor colchão em relação a outras marcas, além de também ter o colchão com melhor custo-benefício para se dormir, o Emma Original. Esses são alguns marcos que alcançamos em nossa história e que corroboram a percepção de que os colchões inbox vieram para ficar e que vêm caindo no gosto do público”, analisa o country manager da Emma Colchões no Brasil.
Guldi
Desde 2015, a marca Guldi vende colchões enrolados a vácuo. Os produtos foram desenvolvidos pelo Mobly, e-commerce brasileiro móveis e eletrodomésticos.
A etiqueta garante cinco anos de garantia em qualquer deformidade que o colchão apresente nesse período. Conforme o modelo comprado, a label proporciona de 30 a 100 dias de teste com devolução grátis. Cada peça custa a partir de R$ 1.199,99, em cinco tamanhos, de solteiro a king.
Zissou
A Zissou é uma startup brasileira, criada em 2017. Entre os diferenciais, estão opções de suporte híbrido, que mescla espuma e molas. Com combinação de látex e viscoelástico, os colchões custam de R$ 2.961 a R$ 9.990,
“Os colchões Zissou são produzidos, comprimidos e embalados no Brasil, com tecnologia norte-americana e matérias-primas importadas, de altíssima qualidade”, certifica o e-commerce. Depois de receber o produto, o cliente tem direito a 100 dias de teste.
Luuna
A empresa mexicana Luuna, fundada em 2015, está no mercado brasileiro. A empresa também dá garantia de 10 anos e 100 noites de teste grátis. Os produtos oferecem bloqueio de movimento: quando um lado se movimenta, o outro permanece parado. Com opções de 20 a 32 centímetros de altura, os colchões têm entre 2 e 4 camadas de espumas. Os valores vão de R$ 3.599 a R$ 8.4999.
“Nossos materiais são únicos no Brasil. Temos as únicas espumas no país com a certificação CertiPUR-US e nossa cobertura possui a certificação OEKO-TEX Standard 100, uma das mais exigentes certificações em têxteis”, especifica a Luuna.