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Cesárea em que a própria mãe retira o bebê é perigosa, alertam médicos

De acordo com especialistas, o procedimento não possui evidências de segurança nem de benefícios

atualizado

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Mulher e bebe
1 de 1 Mulher e bebe - Foto: Canva

Viralizou nas redes sociais um vídeo em que uma mulher australiana retira o próprio bebê da barriga em uma cesariana. O novo tipo de parto, conhecido como Maternal Assisted Cesarean (MAC), é uma tentativa de humanizar o procedimento e aumentar o protagonismo da mulher. Contudo, a técnica assistida pela mãe vem sendo criticada por profissionais. 

criança nascendo
Mãe participando do parto

No procedimento, o obstetra retira a cabeça da criança e uma parte do tórax, enquanto que o resto do corpo do bebê é retirado pela mãe, que recebeu apenas uma anestesia local. Para os defensores da técnica, ela humaniza o procedimento, uma vez que a primeira a tocar o bebê é a genitora, que logo o aproxima do peito. Além disso, eles alegam que o novo tipo de parto promove o empoderamento feminino – uma vez que as mães participam ativamente do processo.

Por outro lado, especialistas afirmam que essa prática não possui evidências de segurança e nenhum benefício aparente. 

Apesar da técnica ainda não ter se popularizado no Brasil, a Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) divulgou uma nota destacando os riscos. “A prática não encontra amparo em protocolos, recomendações ou estudos bem desenhados”, afirma o obstetra e ginecologista Alberto Trapani, presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da Febrasgo. 

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No procedimento, o obstetra retira a cabeça da criança e uma parte do tórax
A técnica MAC não é aconselhada por médicos
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A ideia é humanizar a cesárea

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No procedimento, o obstetra retira a cabeça da criança e uma parte do tórax

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A técnica MAC não é aconselhada por médicos

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O especialista explica que a MAC pode aumentar as complicações no parto, como infecções, aumento do tempo cirúrgico, incisões, sangramentos e lesões em outros órgãos, além de atrasar a assistência e avaliação do bebê. “Além disso, tenta simplificar e relativizar a complexidade e o risco de um procedimento cirúrgico que deveria ser restrito a situações de urgência ou condições específicas”, detalha Alberto Trapani. 

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