Caso Samara Felippo: saiba como a violência patrimonial afeta a vítima
A atriz Samara Felippo utilizou as redes sociais para denunciar um golpe que levou do ex-marido, o ex-jogador de basquete Leandrinho
atualizado
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Samara Felippo foi às redes sociais, nesta terça-feira (19/3), para denunciar um golpe que levou do ex-marido e pai de suas filhas, o ex-jogador de basquete Leandrinho. Em relato, a atriz contou que o atleta colocou a casa onde moravam e que ela contribuiu financeiramente para a compra no nome do irmão.
“Conheci o genitor, pai das minhas filhas e nos apaixonamos. Diante de toda a minha romantização, a vontade mútua e reciprocidade dele, engravidei. Já grávida, a gente decidiu comprar uma casa em um bairro nobre do Rio de Janeiro. E aí é que começa o meu pesadelo”, disse Samara.
Anos depois, ela descobriu que a casa estava no nome do irmão de Leandrinho. Na época, o imóvel foi vendido e Samara não recebeu o valor assegurado por direito. O caso, que se enquadra na Lei Maria da Penha, criada em 2006, como violência patrimonial, não foi resolvido até hoje.
Consequências
De acordo com o psicólogo Alexander Bez, a violência patrimonial pode impactar negativamente a saúde mental da vítima, além de contribuir para o desenvolvimento de sintomas que acometem outros campos da vida, como transtornos alimentares, ansiedade e até mesmo uma queda na vida sexual conjugal.
“Os votos de confiança são quebrados e, por isso, o desconforto emocional é tão grande. Psicologicamente falando, podemos chamar de ‘estelionato amoroso’, no qual acontece o abuso econômico por parte de uma das pessoas da relação. Isso mostra que a pessoa pode ser apenas um objeto na relação”, diz ao Metrópoles.
O especialista ainda afirma que a violência patrimonial é um dos maiores exemplos de machismo. “Quando a pessoa usa do medo e da posse para ‘sair por cima’ e, assim, não fazer a devida divisão de valores, essa pessoa acaba não cumprindo o combinado, lesando a vítima e cometendo violência patrimonial”.
Para as mulheres que passam por isso, Alexander aconselha falar abertamente sobre o assunto com outras pessoas para conseguir ajuda e entender seus direitos. É importante também fazer um acompanhamento com terapia.