Gamofobia: medo de compromisso ou de casar pode ser doença de verdade
Síndrome gera sintomas como ansiedade, sudorese excessiva, dor de cabeça além de outros sintomas. Mantenha a calma, tem tratamento
atualizado
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Todo mundo conhece alguém que faz piadas sobre casamento e declara para quem quiser ouvir que nunca se casará. Até aí, nada fora do normal. Pode ser que algum dia essa mesma pessoa mude de ideia, certo? Bom, depende. Se o indivíduo realmente tiver medo extremo e irracional de casamento, relacionamentos duradouros ou compromisso, ele pode sofrer de gamofobia.
Que fique claro: o receio que antecede o casório não é a mesma coisa. O nervosismo e a ansiedade dessa época são normais e os noivos ficam “preocupados” com as mudanças que virão. Estamos falando de pessoas que só de pensar em conversar sobre ou ter um compromisso, começam a passar mal.
“Esse medo gera sintomas físicos, como tremores, sudorese excessiva, enjoo, falta de ar, tontura e aumento da frequência cardíaca, típicos de uma crise de ansiedade”, diz Denise. Entre os sintomas psicológicos, estão o pavor ao pensar em casamento, a fuga de situações que lembrem casamento ou pessoas que queiram falar sobre o assunto, além de pensamentos distorcidos e negativos e sensação de perda do controle.
De acordo com a psicóloga e especialista em terapia de casal Marina Simas de Lima, o medo patológico do casamento geralmente está ligado às experiências negativas vividas por pessoas próximas e traumas que acabam sustentando esse medo.
“Isso pode estar relacionado com o receio de perder a autonomia, a liberdade e sua individualidade”, explica Marina. A especialista destaca ainda que nem todo solteiro tem medo do compromisso, por isso, não é possível generalizar.
Como a maioria das fobias, a gamofobia também pode e deve ser tratada. Quando envolve experiências traumáticas e crenças negativas, é preciso investir em psicoterapia. Em casos mais graves, pode ser indicado o tratamento com remédio – sempre prescrito por um psiquiatra.
“Entender de onde vem o medo é fundamental para superá-lo e viver uma vida amorosa mais equilibrada e feliz”, conclui Marina.