Burnon: romantizar o trabalho traz prejuízos à saúde, afirma psicólogo
O burnon, conhecido como o”primo” do burnout, é usado para descrever a visão idealizada e romantizada do trabalho
atualizado
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Embora não seja recomendado, muitas pessoas passam o fim de semana trabalhando ou fazem hora extra para concluir demandas. Esses comportamentos são prejudiciais à saúde e podem se enquadrar na síndrome de burnon, uma nova condição que se assemelha ao burnout.
O termo foi criado pelos psicólogos alemães Timo Schiele e Bert te Wildt para descrever o comportamento em que o indivíduo se envolve excessivamente com o trabalho e passa a romantizá-lo. Em outras palavras, a demanda de trabalho parte do próprio funcionário, que utiliza seu tempo livre para atividades profissionais.
De acordo com o psicólogo Alexander Bez, especialista em saúde mental, o burnout está relacionado a uma psicopatologia ocupacional decorrente do estresse profissional. Já o burnon, que ocorre com os famosos workaholic, vai além do ambiente de trabalho.
“A ação na romantização profissional é uma conduta de fuga de algo. Toda a sintomatologia do quadro reflete as más condições já anotadas e existentes na definição de um workaholic. Com o passar do tempo, algumas terminologias podem receber uma nova ‘roupagem’, como é o caso do burnon”.
Alexander afirma ao Metrópoles que o burnon funciona como uma compulsão, motivada pela obsessão em seguir adiante com o trabalho. Isso faz com que o indivíduo não respeite os limites mentais e fisiológicos. Os sintomas mais comuns são irritabilidade e isolamento social.