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“Vegansexualismo”: Por que veganos só namoram uns com os outros

Termo é usado para se referir à preferência de veganos por seus pares. Esse estilo de vida está mais em alta do que nunca

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Banana Dancing with carrot fruit and vegetables
1 de 1 Banana Dancing with carrot fruit and vegetables - Foto: iStock

Veganos vão dominar o mundo. Eles são mais numerosos do que nunca. Uma pesquisa de 2012 do Ibope já havia concluído que, naquela época, eles eram 8% da população, algo em torno de 15 milhões de pessoas.

O portal Vista-se, dedicado exclusivamente a conteúdo vegano, analisou o aumento de interesse das pessoas pelo tema com a ajuda do Google Trends e concluiu que entre 2010 e 2015 a busca por “veganismo” saltou de 58 pontos para 100. E, aparentemente, o DF é campeão de “interessados”.

O aumento da popularidade do estilo de vida traz lá suas peculiaridades. Uma delas é o termo “vegansexualismo”. Significa, basicamente, que veganos só se relacionam entre si. Ou pelo menos a maioria deles.

A palavra surgiu em 2007, quando um estudo neozelandês sobre o veganismo descobriu que a maioria dos adeptos preferem namorar ou transar com pessoas que compartilhem do mesmo ideal. Os entrevistados, na época, disseram que o estilo de vida era tão importante que um relacionamento com alguém que vivesse de outra forma seria impensável.

Conversão
O designer e videógrafo Vitor Ávila, 28 anos, passou anos oscilando entre o vegetarianismo e períodos de hambúrguer. “Não dizia que era vegetariano, dizia que ‘estava’ vegetariano”, brinca. Há dois meses, virou a chave de vez, mais ou menos na mesma época em que começou a namorar.  A namorada quase não comia carne – era “meio” vegetariana -, mas embarcou com ele no veganismo.

Giovanna Bembom/Metrópoles

“Foi natural porque ela já naturalmente comia mais legumes e verduras do que eu. Acho que mudou de vez por praticidade”, conta. Hoje, ele compartilha dicas e informações sobre o estilo de vida em um canal no YouTube e uma página no Facebook.

Diz que não tem problemas com pessoas que se deliciam em costelas ao molho barbecue, mas não se vê mais namorando uma delas, se ela não estiver disposta a abrir a cabeça. “Eu não teria problemas em namorar uma pessoa não-vegana, desde que ela considerasse mudar o estilo de vida dela. Do contrário, seria mais difícil”, conta.

Quando Vitor conheceu a namorada, por exemplo, não havia muitos conflitos quanto a programas e restaurantes porque ela já gostava de frequentar lugares alternativos. Como ela tem um irmão vegetariano, programas em família também nunca foram um grande problema. No entanto, se fosse diferente, Vitor não sabe se teria dado tão certo. “Fica mais fácil conciliar o estilo de vida”, opina.

Há quatro anos, quando começou a namorar, a psicóloga Susan Tsugami, de 29 anos, já acumulava seis anos de dieta vegetariana. O namorado já tinha tentado antes abdicar da carne, sem muito sucesso. Se apoiou na namorada e, três anos depois, migraram juntos para o veganismo.

“É menos complicado do que parece, principalmente porque fizemos a transição juntos”, acredita a psicóloga. No antigo relacionamento, no entanto, se tinha alguma coisa que definia os momentos à mesa do casal, era complicação.“Ele era muito carnívoro e eu acabava tendo uma relação não muito saudável com a comida, porque ele vivia indo para churrascos e eu ficava só na batata frita”, ri.

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