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Toalha molhada resolve? Descubra mitos e verdades capazes de aliviar a seca

Médicos explicam como não comprometer a respiração e a pele durante o período de baixa umidade do ar

atualizado

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Galvão Menacho/Pexels/Reprodução
pessoa com ventilador
1 de 1 pessoa com ventilador - Foto: Galvão Menacho/Pexels/Reprodução

Com a estiagem das chuvas e as baixas temperaturas registradas nos últimos dias, a umidade relativa do ar no Distrito Federal tende a permanecer baixa, em torno de 35%, nos próximos dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A tendência é que o calor e a sensação térmica aumentem. Assim, vale qualquer alternativa para não “derreter” e respirar melhor. Especialistas explicam quais cuidados tomar para evitar o comprometimento da respiração durante esse período, além de desmistificar alguns truques caseiros.

De acordo com a otorrinolaringologista Juliane Moreira Barbosa, sem os cuidados devidos, o ar seco pode causar inflamações ou lesões ao aparelho respiratório. Outro ponto destacado pela especialista é que, quando há diminuição nas chuvas, a incidência dos poluentes atmosféricos, considerados vilões do aparelho respiratório, aumenta.

“O ar precisa ser umidificado antes de chegar aos pulmões, para que a sua função de oxigenação seja adequada, a chamada troca gasosa, na qual o oxigênio entra e o gás carbônico é eliminado”, esclarece.

Para ajudar a amenizar os efeitos do calor e da secura do ar, que incluem ressecamento das mucosas, dor de cabeça, garganta seca e até sangramentos no nariz, é natural recorrer a eletrodomésticos ou medidas caseiras. Juliane explica a eficácia de algumas delas ao Metrópoles.

Confira:

Toalha molhada e bacia com água

Molhar toalhas e manter bacias com água por perto são truques eficientes contra o ar seco do ambiente. Juliane explica que, embora não apresentem a mesma eficácia que umidificadores, servem de solução para quem precisa imediatamente ou não tem acesso aos aparelhos elétricos.

No entanto, é preciso tomar precauções ao aderir aos truques caseiros. Não é recomendado deixar bacias ou baldes com água perto de crianças pequenas. Isso pode causar acidentes.

No caso das toalhas, é indicado manter janelas e portas abertas para arejar o ambiente e evitar a proliferação de fungos e bactérias. Além disso, o ideal é que o item fique aberto, nunca enrolado, porque pode acarretar mau cheiro.

Umidificador

Conhecido pela utilidade durante os períodos de estiagem, os umidificadores são aliados contra a baixa umidade do ar. Porém, segundo Juliane, é importante saber como usar, do contrário, são capazes de aumentar a proliferação de fungos e ácaros. Assim, o dano respiratório é ainda maior do que a secura do ar.

“É recomendado por períodos curtos, cerca de uma a duas horas antes de dormir, de preferência no banheiro. Quando ligado por longos períodos, o aumento excessivo da umidade pode mofar móveis, por exemplo, principalmente no quarto e na sala, com a presença de estofados”, salienta a especialista.

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Com a pandemia, clubes e piscinas compartilhadas foram fechadas, para conter a contaminação do novo coronavírus
Especialista indica o aumento do consumo de água
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Na Região Sul do país, o problema será o calor extremo. Nesse caso, o alerta de perigo do Inmet é para temperaturas acima da média normal

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Com a pandemia, clubes e piscinas compartilhadas foram fechadas, para conter a contaminação do novo coronavírus

Igo Estrela/Metrópoles
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Especialista indica o aumento do consumo de água

Daniel Ferreira/Metrópoles
“Pode umidificar o quanto quiser?”

Nem sempre a máxima “quanto mais, melhor” é eficiente. A otorrinolaringologista afirma que o excesso de umidade no ar prejudica as vias respiratórias, tal qual a secura do ar. Utilizar umidificadores por longos períodos é um exemplo de exagero, porque, conforme salienta Juliane, pode causar “o aumento da proliferação de fungos e ácaros”.

Ventiladores e ar-condicionado

Funcionais contra o calor, o ventilador e o ar-condicionado não são tão indicados para o período seco. “A falta de manutenção e limpeza adequada dos aparelhos pode causar e agravar problemas respiratórios como asma, rinite, sinusite e pneumonia”, assegura Juliane.

Desse modo, o ideal é “redobrar a atenção com a higienização dos aparelhos”. A médica afirma que, no caso do ar-condicionado, “a troca dos filtros deve ser seguida de acordo com as orientações do fabricante para evitar o acúmulo de fungos e bactérias”.

“É indicado, ainda, que o vento não esteja diretamente voltado para o usuário e a temperatura seja mantida entre 20°C e 22°C, evitando o resfriamento excessivo”, completa.

No caso do ventilador, as hélices e estruturas do objeto devem ser higienizadas com frequência, porque acumulam e lançam poeira no ar. Além disso, Juliane recomenda que o aparelho “não fique direcionado ao usuário” a fim de evitar tosse, coriza, congestão nasal, dores de garganta e outros problemas respiratórios.

Cuidados

A otorrino elenca alguns das precauções essenciais para evitar ressecamento das vias aéreas e manter a saúde em dia, mesmo durante períodos de baixa umidade relativa do ar. Confira:

  • Lave as narinas com frequência com soro fisiológico. O ideal é que seja feita a limpeza, pelo menos, duas vezes ao dia. “Nos pacientes que estão em crise de rinite, recomendamos uma frequência de quatro vezes ao dia”, ressalta Juliane;
  • Evite ambientes com poluição, como fumaças de cigarro, para não comprometer a respiração e desenvolver problemas de saúde;
  • Prefira a prática de exercícios em horários em que a temperatura é mais baixa, como antes das 10h da manhã e após às 16h, quando a incidência do sol ainda não é tão forte;
  • Higienize locais que podem acumular poeira e sujeira, como chãos e móveis, para que não haja a proliferação de fungos e ácaros. Panos úmidos facilitam a limpeza e dão a sensação de frescor aos ambientes.

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