Saiba como evitar o ressecamento das mãos pelo uso do álcool gel
Aplicação contínua do produto pode causar ferimentos e dermatites
atualizado
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Em meio a pandemias como a do novo coronavírus, uma etapa deve ser incorporada de maneira fervorosa na rotina de cuidados diários da população: a aplicação do álcool gel nas mãos. Capaz de matar bactérias e vírus rapidamente, o produto de higiene pessoal é eficaz no combate de diversas doenças, inclusive a que assola o mundo atualmente. Seu uso contínuo, no entanto, pode provocar reações adversas na pele.
“Assim como o uso de sabonetes e detergentes, o álcool gel em excesso destrói camadas de proteção da pele”, revela o dermatologista e especialista em medicina estética Franklin Verissimo. “O resultado é o ressecamento da cútis, que pode levar a dermatites e ferimentos”, complementa.
Por isso, sentir a pele desidratada em momentos de cautela extrema com a higiene das mãos é natural. Para evitar o desconforto e as complicações desse ressecamento, o médico aconselha hidratação e reposição de vitaminas.
“Utilize hidratantes logo após a secagem do álcool gel. Os mais indicados são os que contêm manteiga de karité, vitamina B5, A e E, glicerol e óleo de amêndoas”, recomenda, ressaltando que seja reduzida a frequência da limpeza.
“A solução não é diminuir a regularidade da higienização. Na atual situação em que vivemos, lavar as mãos várias vezes ao dia, seja com sabonete, seja com álcool gel, é essencial”, frisa.
O que é o coronavírus e por que é tão perigoso?
Coronavírus é uma família conhecida, desde os anos 1960, de vírus que causam doenças respiratórias – de gripe comum à Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers). O nome faz referência à forma do vírus, que é redondo e parece ser cercado por uma coroa.
Quais são os sintomas?
Os sintomas são os mesmos de uma síndrome gripal: febre, tosse e dificuldade para respirar. Em casos mais severos, o paciente pode apresentar também pneumonia, síndrome respiratória aguda forte e falência dos rins.
O que posso fazer para me proteger?
O que se sabe até agora é apenas que a doença é transmissível de pessoa para pessoa, provavelmente pela saliva. A indicação é lavar bem as mãos, não levá-las aos olhos e boca sem que estejam higienizadas, cobrir a boca com o antebraço quando for tossir e tomar cuidado com secreções respiratórias. Evitar contato próximo com pessoas que apresentam sintomas de doença respiratória (espirros e tosse) e observar a procedência da comida também são dicas válidas.