Rinite alérgica piora durante isolamento social, alerta médico
O convívio mais intenso com bichos de estimação e a limpeza da poeira da casa por conta própria durante a quarentena agravam a crise
atualizado
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Em tempos de pandemia, uma simples sequência de espirros pode ser interpretada como sinal de coronavírus e gerar pânico na casa inteira. Mas, calma. É possível que essa reação do corpo reflita apenas um surto de rinite alérgica, muito comum durante a quarentena.
Com o isolamento social, passamos mais tempo dentro de casa, na companhia da família e de animais de estimação, e nos dedicamos a faxinar pastas de documento e armários até então esquecidos, o que pode elevar os ataques de espirros, coriza e olhos lacrimejantes.
Quem afirma é o otorrinolaringologista Gilberto Ulson Pizarro, do Hospital Paulista. “O contato com pó, poeira, mofo, fungos, pelos de animais e uso inadequado de produtos químicos fará com que as pessoas levem as mãos ao nariz, boca e olhos devido à irritação e coceira”, explicou o médico em entrevista à Casa e Jardim.
De acordo com o profissional, pacientes com rinite alérgica crônica, asma e dermatite são os mais propensos a vivenciar os problemas.
Para evitar a crise durante a realização de tarefas domésticas, a orientação de Pizarro é usar máscara e luvas de proteção, ter ventilação adequada e utilizar a dosagem correta dos produtos químicos, lembrando sempre de evitar tocar o rosto durante o processo. Ao finalizar a faxina, a higienização das mãos deve ser realizada de imediato.
“Os pacientes que têm rinite, sinusites crônicas, asma, poliposes, herpes orais ou estão com alguma ferida exposta nas mucosas devem avaliar a real necessidade de limpeza dos locais e verificar se outras pessoas podem ajudar ou fazer por elas essas tarefas”, sugeriu o médico. “Se não tiver outra maneira, se protejam e, principalmente neste período de pandemia, mantenham controladas suas doenças respiratórias crônicas”, finalizou.