Universidade de Brasília lança o óleo de pequi
O novo produto é comercializado exclusivamente pela Naiak, como suplemento alimentar 100% natural, e oferece inúmeros benefícios ao corpo
atualizado
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Pequi é polêmico. O fruto do cerrado é capaz de dividir o estado de Goiás (e consequentemente o Distrito Federal) entre os que amam e o odeiam o amarelinho espinhento. Mas o Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a RTK Indústria, não deram corda para a rixa e ficaram 18 anos pesquisando o alimento para entender quais os benefícios ele pode trazer para o corpo. Finalmente, nesta quarta-feira (24/6), lançaram o óleo de Pequi, um produto que traz grandes benefícios para o corpo.
Apresentado em cápsulas para consumo oral, o óleo genuinamente do cerrado é rico em compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, consolidando benefícios como proteção cardiovascular, prevenção de aterosclerose e redução de pressão arterial. Comercializado exclusivamente pela Naiak, o suplemento alimentar 100% natural oferece melhoras contra a oxidação do corpo, efeito decorrente da prática intensa de esportes de longa duração e intensidade.
A pesquisa da UnB gerou uma patente para a universidade e o licenciamento da tecnologia foi adquirido pela marca Naiak, da RTK Indústria, de Brasília, que participou dos estudos e do desenvolvimento para produção em larga escala.
A pesquisa durou 18 anos, sob a coordenação do biólogo César Koppe Grisólia, professor-titular do Instituto de Ciências Biológicas e coordenador do Laboratório de Genética da UnB. “O produto obtido pelo fruto típico do cerrado já rendeu mais de dez artigos científicos, duas teses de doutorado e uma de mestrado”, explicou.
Para provar a eficácia do óleo, o estudo contou com a ajuda de 126 atletas. Antes de consumir as cápsulas, o grupo correu uma maratona e em seguida fizeram os exames iniciais para analisar os radicais livres, mutações genéticas, pressão arterial e colesterol. Depois usaram por 14 dias 400 mg de óleo de pequi para em seguida correr uma nova prova e realizar os mesmos testes. Os resultados mostraram que, após ingerirem as cápsulas, os atletas tiveram menos inflamação muscular, menos danos no DNA das células e menos estresse oxidativo.
Além disso, o produto apresentou resultados positivos ampliados aos acima de 45 anos pela sua produção de radicais livres mais altas. Mas jovens também podem se beneficiar com a ingestão, em razão de suas propriedades nutracêuticas protegendo o organismo contra processos degenerativos crônicos, como atestou Grisólia.
A criação do produto resultou em um modelo de exploração sustentável com geração de mão-de-obra e rendimento para as comunidades rurais do Centro-Oeste. Patenteado pela Universidade de Brasília, o óleo é enquadrado na categoria de novos alimentos, na Anvisa. A partir de março, o suplemento será vendido no site oficial da marca.