Não consegue dormir? Aprenda a combater a insônia na quarentena
O Metrópoles conversou com o psiquiatra Pablo Vinicius e listou conselhos para conseguir manter uma boa noite de sono
atualizado
Compartilhar notícia
Rola na cama de um lado para o outro e nada de o sono vir? A situação pode ser mais comum do que você imagina. A insônia tem batido à porta de milhões de brasileiros, principalmente depois do início do isolamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
A rotina das pessoas mudou radicalmente e uma crise econômica sem precedentes se soma às preocupações. Mas, como conseguir ter uma noite de sono tranquila em meio ao caos?
O psiquiatra Pablo Vinicius explica: para manter a saúde mental, o indivíduo precisa seguir uma rotina. No entanto, com a quarentena, o cotidiano estabelecido foi interrompido, e o cérebro demora um tempo para se adaptar ao novo ritmo de vida.
“Nesse momento, iniciou-se as alterações psíquicas, trazendo um aumento de ansiedade, depressão e transformações no sono das pessoas”, afirma o médico.
A convite do Metrópoles, o especialista listou as principais causas, consequências e dicas práticas para quem quer ter uma noite calma e sem insônia.
Confira – e bons sonhos!
Principais causas
De acordo com o psiquiatra Pablo Vinicius, a insônia é caracterizada por quatro principais queixas:
- Dificuldade em conseguir dormir;
- Dificuldade para manter o sono;
- Despertar precoce, em que as pessoas acordam no meio da noite;
- O sono reparador, quando, mesmo depois de ter dormido, o sujeito acorda cansado.
As principais causas desse fenômeno estão ligadas a fatores genéticos; gatilhos ambientais associados ao estresse, preocupação e ansiedade; e o envelhecimento. Quanto maior a idade, maior a predisposição para a falta de sono.
“Indivíduos que usam celular e computador até tarde ficam hiperexcitados. Como consequência, têm dificuldade de relaxar e manter um sono tranquilo”, alerta o especialista.
Quais as consequências?
A insônia se torna um problema de saúde quando vira algo crônico. O fenômeno precisa durar pelo menos três meses e ocorrer ao menos três vezes na semana.
Como consequência, surgem quadros de depressão, ansiedade, alterações cognitivas e irritabilidade.
Esse impacto também é físico e está diretamente ligado ao aumento do risco de infarto, derrame no cérebro, desenvolvimento de diabetes e diminuição da imunidade.
Boa noite de sono
Pablo Vinicius selecionou algumas dicas para você conseguir combater a insônia.
Veja!
- Diminua os estímulos luminosos, como computador, celular, televisão e as luzes do quarto;
- Se você tiver necessidade de usar computador e celular, coloque um filtro que deixa a tela laranja, que ajuda a não inibir a produção de melatonina;
- Diminua suas atividade pelo menos uma hora antes de dormir. É o momento de relaxar;
- Evite o uso de bebidas estimulantes, como café, chá-mate, chá-verde, chocolate e refrigerantes;
- Pratique a meditação. Não é apenas entrar em um aplicativo e ouvir a pessoa falando para dormir. É preciso aprender a meditar. Há cursos on-line com essa finalidade;
- Exercícios físicos também ajudam, mas cuidado com excessos e intensidade dessas atividades.