Magreza é sinônimo de saúde? Médica analisa hábitos de Bruna Griphao
Os hábitos e o corpo da atriz Bruna Griphao têm chamado a atenção de internautas e espectadores desde que a loira entrou no BBB23
atualizado
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Magra e com um corpo bem definido, Bruna Griphao impressionou os espectadores no momento em que entrou no BBB 23, devido ao seu shape escultural. Desde o início do programa, no entanto, outro fator tem chamado a atenção dos fãs do reality show: o vício da atriz em cigarro.
Diante da quantidade de vezes em que Bruna aparece fumando na telinha, diversos internautas passaram a questionar a qualidade de vida da artista. “Falar que a Bruna Griphao é saudável só porque ela é magra é a coisa mais surreal… Prova que as pessoas associam magreza com ser saudável… A ‘mina’ fumando igual a uma chaminé (nada contra, mas saudável não é)”, escreveu uma usuária do Twitter.
Para considerar uma pessoa saudável, é preciso levar em consideração muitos fatores além da forma física, segundo a endocrinologista Jamilly Drago. “Magreza não é sintoma de saúde”, atesta a médica do Hospital Brasília.
“É necessário avaliar o estado de saúde, ter IMC maior que 18 e, claro, ter um estilo de vida com alimentação variável: frutas, verduras, proteínas e até carboidratos mais complexos. Praticar atividade física regularmente, não fumar, não beber, descansar e dormir de 7 a 8 horas por dia são hábitos que complementam uma vida balanceada”, pontua a especialista.
Em entrevista ao Metrópoles, Guilherme Quinto dos Santos, nutricionista e especialista em nutrição esportiva do EuSaúde, já havia pontuado que o corpo magro também pode esconder um mau estado físico.
“É supercomum eu receber pacientes magros e com índices alterados, como colesterol e triglicerídeos altos. Indivíduos assim são chamados de ‘falsos magros’. Também recebo pessoas extremamente saudáveis, mas que não têm o ‘porte físico ideal’”, disse Quinto.
Os riscos do tabaco
Jamilly Drago revela que o tabagismo pode trazer uma série de riscos à saúde, inclusive para aqueles que praticam atividades físicas e seguem uma rotina alimentar saudável. “Em qualquer quantidade, o fumo não é benéfico. Ele está relacionado a diversos tipos de câncer e doenças pulmonares cardiovasculares graves”, esclarece a endocrinologista.
“[O cigarro] diminui a percepção das papilas gustativas e o olfato, podendo, inclusive, diminuir a fome. Ele também reduz a performance dos treinos e a capacidade de ganho de massa magra”, pontua.
A médica ainda explica que os índices podem ser maiores quando se trata do cigarro eletrônico. “Ele chega a ter cinco vezes mais de carga tabágica de nicotina que o comum, que, por sua vez, tem 20 vezes mais toxinas que o eletrônico”.
Além de todos os fatores prejudiciais, a carga psicológica agregada ao tabaco também acende um sinal de alerta sobre os riscos deste hábito. “O cigarro causa um vício químico que pode ser associado a uma carga psicológica. É notório que ela [Bruna Griphao] tem um aumento da ansiedade e aí procura pelo cigarro para se acalmar”, analisa.
Entre as doenças associadas ao consumo de cigarro, Jamilly destaca:
- doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC);
- doença pulmonar obstrutiva crônica;
- câncer de boca, esôfago e estômago;
- câncer de intestino;
- diabetes.