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Fique atento: “cecê” forte e persistente pode ser sintoma de doença

A bromidrose é uma condição causada por bactérias e fungos. Seu único sintoma é o mau cheiro

atualizado

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1 de 1 cece - Foto: iStock

Se no fim do expediente o seu colega de trabalho está exalando um odor estranho, tenha paciência. Nem sempre mau cheiro tem a ver com pouca higiene pessoal. Pode ser que ele esteja com um problema de saúde.

Segundo dermatologistas, está se tornando cada vez mais comum o diagnóstico de bromidrose axilar. E não há desodorante ou banho mágico que resolva. É preciso tratamento.

Para saber se você tem a doença, basta prestar atenção ao seu odor: “cecê” forte e persistente é o único sintoma. A principal causa da bromidrose é o excesso de transpiração interagindo com as bactérias e os fungos da pele. “Esses microrganismos transformam o suor em ácidos graxos voláteis e resultam em mau cheiro”, explica o dermatologista Ricardo Fenelon.

Podem sofrer com a doença pessoas estressadas e com distúrbios hormonais. Ainda são afetados pela condição quem come excessivamente alimentos como alho, cebola e pimentas. E há algumas doenças genético-metabólicas que deixam o paciente com predisposição à bromidrose. A hiperidrose — condição em que se sua excessivamente — também pode ser a causadora.

Para tratar esse “cecê”, a dermatologista Barbara Uzel indica procurar primeiro a causa. “Se for hiperidrose, o tratamento pode ser medicamentoso com oxibutinina ou com aplicação de toxina botulínica (botox). Em alguns casos deve ser realizada cirurgia de simpatectomia que remove o nervo simpático principal”, avalia.

Caso o mau cheiro não seja resultado da hiperidrose, Ricardo Fenelon recomenda o uso de creme ou loção antibacteriana e antifúngica. O especialista ainda aponta que resíduos de suor no corpo, comum entre os adolescentes, e nas roupas ajudam a agravar a situação. “É importante lavar bem as axilas na hora do banho com bucha e verificar se as roupas estão limpas”, ressalta. Um dermatologista deve ser procurado para diagnosticar e tratar a doença.

“Bons hábitos de higiene, uso de roupas de tecido natural, dieta sem excessos e controle do estresse podem ajudar no controle da condição”, recomenda Barbara. “Mas às vezes não é possível evitar, apenas é possível tratar”, conclui.

 

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