Expert revela os riscos de um treino exaustivo e diz a hora de parar
É preciso ficar atento aos limites do corpo para não sofrer com as graves consequências de um overtraining
atualizado
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Nas últimas semanas, a personal trainer Carol Vaz viralizou no TikTok ao motivar as alunas a treinar de uma maneira, digamos, radical e, ao mesmo tempo, divertida. Determinados vídeos da profissional viraram até meme, devido ao tom firme e contundente usado por ela para estimular a prática de exercícios físicos.
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Os treinos “pesadões” de Carol servem de inspiração para quem deseja ter o shape definido. No entanto, é preciso ficar atento aos limites do corpo para não sofrer com as graves consequências de um overtraining (excesso de treino, em tradução livre).
Para Jane Dullius, doutora em ciências da saúde e professora de educação física da Universidade de Brasília (UnB), os profissionais da área devem criar treinos personalizados para os alunos. “Penso que um bom profissional deve ‘perder tempo’ fazendo uma boa e detalhada análise do aluno. Ele deve conversar muito com a pessoa para conhecer os limites e as condições dela”, revela a especialista.
Jane revela, entretanto, que os exercícios realmente devem ser feitos com o intuito de desafiar cada vez mais os limites do praticante, mas de maneira gradual.
“Devemos fazer exercícios físicos para ultrapassar a situação atual. No entanto, os limites pessoais de cada um devem ser respeitados”, frisa.
“Vale ressaltar que, de modo geral, as pessoas não têm boa e suficiente percepção e consciência corporal. Isso deve ser levado em consideração no momento de estimular o aluno a alcançar e ultrapassar seus limites”, acrescenta a professora.
A profissional ainda alerta para os riscos de treinamentos exaustivos. “Muitos danos podem ser causados pelo overtraining, danos esses capazes de determinar o futuro do aluno”, adverte.
Segundo ela, podem haver lesões sérias e até dores incapacitantes. “Os efeitos colaterais podem custar a permanência do aluno na academia. Muitos abandonam os treinos”, lamenta.
De acordo com Jane, identificar a diferença de “corpo mole” e o limite do aluno depende de escuta ativa, treino, percepção, estudo e muita observação por parte do treinador.